Sabemos que uma das mais trágicas fragilidades das democracias é a que que permite aos seus inimigos os actos mais corrosivos do seu funcionamento, subvertendo todas as regras, na crença de que eles, pelo exemplo da tolerância que lhes é dado, venham a ter um rebate de consciência, se arrependam do que fazem e se transformem em cidadãos decentes e cumpridores; trágico equívoco, porque essa subespécie de gente, não sendo vulnerável a tais ”fraquezas”, vai servir-se do caminho aberto para dar livre curso aos seus piores instintos.
De resto, veja-se há quantos anos aquele cadastrado nazi do denominado "1143" é notícia, por tudo quanto é mau numa sociedade que se quer livre e pacífica, servindo-se agora duma data em que o fundador da nacionalidade desenvolvia acções para consolidar a independência, para pretensamente legitimar as suas aberrações, para as quais nunca falta a esta escumalha uma ampla divulgação, sobretudo servindo-se das inesgotáveis possibilidades que lhes dão as redes abertas a tudo quanto é lixo, a que os potentados detentores fingem reprimir, mas fecham-lhes uma porta e abrem não sei quantas janelas.
Outro é um sujeito que, expulso da magistratura, se calhar por ir muitas vezes à missa, quando lhe bastaria uma por semana, dá ao seu bando o nome “habeas corpus”, para cometer todo o tipo de atropelos à liberdade dos cidadãos, o que é a negação do nome de que abusivamente se serve; e é verdadeiramente chocante que as autoridades pouco possam fazer, dado que, quando chegam ao local dos desacatos já o mal foi feito e nada acontece aos malfeitores...
Amândio G. Martins
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