Quem o diz é António Rodrigues (A.R.), na sua quadri-crónica postada entre “4 esquinas”, no PÚBLICO do passado dia 2. Certeiramente, A.R. constata que, se há quem sonegue impostos devidos aos Estados, são exactamente os ricos, e que é pornografia a postura de autoridades que tentam demonstrar ser desnecessário e indesejável que se consiga a “difícil” coordenação internacional para chegar a um entendimento no sentido de tributar, com um imposto global, as grandes fortunas mundiais. Saúdam-se tais constatações, sobretudo em tempos de glorificação das “verdades” neoliberais (menos Estado e mais iniciativa privada) que nos trouxeram a este estado.
Entretanto, como os únicos impostos “legítimos” são os que incidem sobre os rendimentos, em especial os do trabalho, os detentores das fortunas sonantes (a quem é difícil “chegar”), beneficiando de tributação tão complacente, vão “comendo” o planeta como se fosse só deles, com cada vez mais aviões privados e outros luxos poluidores. Mais ou menos como os dirigentes mundiais, a quem deveria ser lembrado amiúde que existem uns “aparelhómetros” corriqueiros que, facilmente, permitem video-conferências, sem necessidade de constantes deslocações aéreas de um lado para o outro.
Público - 05.08.2024 (truncado do último período).
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