sexta-feira, 20 de setembro de 2013

os números e o país

Estes políticos pelam-se por números. Não saem deste redondíssimo discurso. Daí que qualquer nota estrangeira, seja de algum país "aliado" e imperativo, ou de qualquer agência de rating, é sofregamente absorvida pelos vários quadrantes políticos. Sabem, obviamente, que os números são suscetíveis de desenvolvimentos criativos. E também sabem que esses desvios interpretativos têm uma relação direta com a confusão gerada no cidadão comum. Os números não costumam mentir, como dizem. E as pessoas aceitam essa verdade universal. Acontece que para além dos números está a vida das pessoas. A vida que, por sinal, só se vive uma vez. Daí que todo este processo de ajustamento esteja, desde a primeira hora, erradamente gizado. Por mais contas que se façam, não se constroem novos paradigmas sociais em três ou quatro anos. Se os senhores da Europa, se os senhores que governam a nossa república não o sabem, então mais vale adequar a célebre frase de Salazar a este tempo: orgulhosamente sós. Pelo menos, poderíamos afirmar, com toda a propriedade, eventualmente com um pacto de regime: numa geração, seremos um novo país. Sem feridos nem mortes.

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