quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Que acham, concordam comigo?





 Está mais que provado que a máquina do Estado é muito pesada e muita gastadora, pelo que a sua mantença nos moldes em que assenta é completamente incomportável face à depauperada sociedade que serve ou pretende servir (portanto, não servir-se dela), dada a ineficácia em combater as gritantes assimetrias que impendem a favor de alguns muitos ‘eleitos’ em detrimento cada vez mais galopante da floresta humana que aguenta tantos parasitas.
Também se verifica, face a tantas ‘lamúrias’, que o sistema político e democrático em que assentam as liberdades, as garantias e as igualdades de oportunidades para com todo o cidadão está muitíssimo viciado, não dando resposta ao que seria basicamente expectante que assim acontecesse.
E vai daí, pensei: para que há eleições se são sempre os mesmos a ganhar, sem se vislumbrar o melhor caminho para um futuro colectivo melhor?
Às vezes, em alturas de crise como esta, que já se tornou numa doença crónica entre nós, os mais altos dignitários da Nação e outros faroleiros a esmo por vários palcos falantes do país, clamam pela formação de uma espécie de comissão de anciães do povo ou doutos sábios, a fim de ser encontrado esse tal salvador caminho. E, assim, os políticos saberiam como melhor interpretar o que fazer para que tal desiderato fosse por adiante.
Mas não, isso nunca irá acontecer, porque não são eleitos os melhores, pois nunca se vislumbrou que tivessem sido submetidos a provas para a função a que se elegeram.
As forças políticas são quem os indica sem qualquer sapiente calibragem. Basta o compadrio e a amizade, bem como uma espécie de caciquismo nos meios mais pequenos.
Assim, e sem mais delongas, proponho que, pelo menos a partir do próximo dia 29/9, não haja mais eleições a nível de Estado.
Pelo contrário, que se façam concursos públicos honestos para tais cargos políticos sob a alçada da sempre tão apregoada comissão de ética e de sábios da Nação.

José Amaral

3 comentários:

  1. O mais simples seria votar-se em branco nas próximas eleições e ver como o poder interpretava esta tomada de posição. Se assobiava para o lado se pensava seriamente no assunto.

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  2. Não é possivel conseguir que 85% dos portugueses votem em branco ou nulo. Já o fiz nas últimas 4 eleiçoes, para qu~e????Não é , há sempre compadrios...............vê-se.

    Talvez começar-se a tentar que cada vez mais portugueses deixem de ver telejornais, todos, todos, noticiarios de grande aparato, jornais sensacionalistas, e os polticos ficavam bloqueados sobre si mesmos.......

    Augusto

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  3. Nós somos muito ingénuos porque não alcançamos o nível de maldade que está padronizado nesta gente que vive da política e por ela está obcecada. Podíamos não votar todos os que estão conscientes da trágica situação do país, mas como todos os pendurados no sistema iam fazê-lo, para continuar a gemifrar as migalhas do pouco que ainda resta, democraticamente ganhavam as eleições, porque a alta abstenção não invalida o acto. Estamos condenados e só um milagre poderá salvar este país.

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