segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

É tão fácil ser forte com os fracos

 

  A Guarda Nacional Republicana, como o nome indica serve para (nos) guardar e velar pelos valores da República, que não se coadunam com a violência gratuita e repleta de ódio racial exercida sobre imigrantes asiáticos, em trabalho nas estufas de Odemira. São sete, os militares acusados de práticas de força física musculada. Já não bastavam as condições de trabalho remuneratório e de habitação daqueles trabalhadores serem deficitários...  As provas daquele crime são evidenciadas através dum grosseiro vídeo elaborado pelos próprios(!). Este sadismo maquiavélico devia ter originado a suspensão imediata destes militares que destroem a imagem da instituição - GNR. Mas não! Cinco deles continuam a exercer(!). Inaceitável. Ninguém da GNR veio a público dar a cara... Três destes são reincidentes! A hierarquia e a tutela devem ser responsabilizadas.

Um relatório das Nações Unidas sinaliza que em Portugal há uma prática reiterada de agressão física/psicológica sobre os imigrantes indefesos pelas forças de segurança.
Esta força de trabalho é imprescindível, não devendo ser reprimida pelo ódio, estigma ou agressão. Ao invés, deve ser incluída. Quem tem uma arma na mão é tão fácil ser forte com os fracos. Estes sete militares repugnantemente odiosos têm lugar num reformatório e não devem permanecer na GNR - jamais!
Vítor Colaço Santos

2 comentários:

  1. Subscrevo na íntegra!
    Devia constituir e representar uma vergonha nacional.

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  2. Vergonha nacional, também seria o que deveríamos ter ouvido... mas não. Marcelo [delfim e afilhado de Marcelo Caetano] Rebelo de Sousa, mais uma vez branqueou mais do que se indignou. Jerónimo de Sousa insurgiu-se mas, lá foi dizendo que não estava em causa a GNR... penso, que a segunda parte do comentário - não havia necessidade. António Costa, legalista, lá foi dizendo que é um caso de justiça. Ah!, dizem-me agora que achou repugnante. Subscrevo.
    O respeito é bonito, o respeitinho nem isso ou nada disso...
    Um grato abraço ao Francisco Ramalho.

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