A palavra - solidariedade, não é o nome de um psicofármaco. É a expressão mais intensa de cooperação entre pessoas, entre países e, neste caso, adiante, entre Continentes. De quem tem, para quem tem pouco ou nada.
A gritante desigualdade entre o Hemisfério Norte e o do Sul, no que toca à vacinação é abissal. A imprensa revela que o Continente africano tem uma percentagem de 8% de vacinados(!). Enquanto os países do Norte, já discutem a toma da 4ª dose de vacina, a OMS alerta que os países mais pobres apenas receberam 0,6% das doses produzidas mundialmente.
Aqui entra a solidariedade activa entre os Estados ricos, que se deve materializar em proporcionar condições e vacinas para os países pobres. Para além de se aumentar significativamente o combate à pandemia provocada pela covid-19, diminuía o fosso cada vez maior entre ricos e pobres, também nesta área da saúde.
E, atenção!, caso não seja concretizada esta solidariedade, as mutações do vírus suceder-se-ão, veja-se a variante omicron, que exige mais inoculações, provocando mais desigualdade social, mais vagas pandémicas, com um continuado e dramático desfecho de doentes e mortos!
Por cá, não basta reconhecer, justamente, como heróis os assistentes operacionais, os enfermeiros e médicos do SNS, urge lhes darem melhores condições globais .
Vítor Colaço Santos
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