domingo, 30 de abril de 2023

Da chafurdice política

 

A estabilidade política, para os partidos da Oposição como para a Comunicação Social em geral, é sempre uma grande chatice, daí que tudo façam para criar instabilidade, usando de velhas mas sempre eficazes armas como são a mentira e a intriga, ampliando qualquer coisinha que lhes cheire a poder render a demissão de mais um ministro, querendo com isso demonstrar que o chefe do Governo não é capaz de formar uma equipa competente e já não tem mais por onde escolher, devendo deixar-lhes livre o lugar, e isto chegou a um tal ponto que até gente aparentemente decente entra nesse jogo sujo.

 

E o ridículo do argumentário já vai ao ponto de pedirem a demissão de um ministro pela  gravíssima falta de ter querido mentir ao Parlamento, já não de mentir, não tardando que nos quantificam o tamanho da vontade que o tal govermante teve de mentir; de facto, o rigor desta gente na tal “comissão de inquérito” é tão honesto e profissional que não hesitam em servir-se da vingança de um acessor despedido para sustentar uma acusação, não contando para nada que esse acessor, ele sim, possa estar a mentir.

 

E que segredos cabeludos guardará o computador que o tal colaborador levou abusivamente consigo, especulam eles, para que fossem usados indevidamente os serviços de informação e segurança do Estado para recuperá-lo, em vez da polícia normal; como diria Eça de Queirós, tudo isto é mesmo uma choldra. E comparto inteiramente o que escreveu Carvalho da Silva no JN de ontem:  “A maioria dos meios de Comunicação Social, ao desvirtuarem a informação e alimentarem a chafurdice política, como vêm fazendo, atentam contra o Estado de direito e a democracia e entram num jogo perigoso”...

 

Amândio G. Martins

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