No “libelo anti-pensionistas” de 20/4, João Miguel Tavares (J.M.T.), com o brilho habitual, rebela-se contra o aumento intercalar anunciado pelo governo para Julho. Segundo ele, “o aumento actual não faz sentido nenhum”, porque se fará “num sistema que toda a gente sabe estar à beira da falência”. Se J.M.T. estiver interessado em documentar-se um pouco mais, poderá aceder com facilidade a um estudo do dr. Eugénio Rosa, especialista na matéria, em que, a partir de dados oficiais, se conclui que a Segurança Social (SS) tem tido elevados excedentes, prevendo-se mais um de 4 mil milhões para o ano corrente. Dizer-se que está à beira da falência é bastante arriscado para a verdade dos factos. Se J.M.T. tem, legitimamente, medo do futuro, por força do envelhecimento da população e da redução do número de activos por pensionista, poderá, no mesmo estudo, encontrar um “lenitivo” na perspectiva (difícil…) de o governo aumentar os meios que permitam à SS combater a fraude e cobrar as dívidas existentes. Poderá também recordar que, desde 2016 até hoje, o governo já “esticou” de 2020 para 2040 o primeiro ano em que se prevê saldo negativo, e isto sem qualquer mudança no sistema de cálculo das contribuições, criado há 70 anos, em condições profundamente distintas das actuais, e que urge repensar.
Nota: a crónica de João Miguel Tavares referida veio publicada no "Público" sob o título "Mais mil milhões de despesa. E todos os partidos aplaudiram".
Para JMT, Eugénio Rosa deve ser comunista, portanto, sem nenhuma credibilidade...
ResponderEliminarPois... mas as fontes do estudo que referi, a começar pelos Orçamentos do Estado, são oficiais e estão todas devidamente identificadas.
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