As diferenças biológicas não terão influência
numa eventual maior sensibilidade existente em mulheres face aos homens, serão
questões culturais e sociais que podem aumentar e diferenciar o cariz emocional
e dar lugar à tal sensibilidade feminina.
Poderia supor-se que o exercício de cargos
governamentais ou de outras responsabilidades políticas por mulheres resultaria
em opções mais humanizadas. Mas a realidade demonstra o contrário,
assistindo-se a que a política de direita, a opção de classe e partidária engolem
a existência duma eventual sensibilidade feminina.
O actual governo/PS, que quando empossado,
tinha 9 mulheres em 17 ministros, é mais uma constatação que a política de
direita, responsável pelas dificuldades de trabalhadores e povo, elimina
qualquer sensibilidade feminina ou masculina de sentido contrário.
Alguns exemplos: a Ministra do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social (Ana Mendes Godinho), não alterou a política
de baixos salários e pensões de reforma, manteve a precariedade, a caducidade
da contratação colectiva, penalizando trabalhadores e agradando ao patronato. A
ministra da Defesa (Helena Carreiras) envolve-se na apologia da guerra e pouco
preocupada com a paz, em linha com E.U.A. e U.E. Com a Ministra da Justiça (Catarina
Sarmento e Castro) não melhorou o acesso à justiça, a morosidade e
funcionamento da mesma, nem a resolução dos problemas de quem exerce a sua
actividade profissional nos tribunais.
Anteriormente, no PSD, Manuela Ferreira Leite
administrou as finanças em benefício do grande capital; e Leonor Beleza tratou
mal a saúde dos portugueses; Assunção Cristas (CDS), esteve ao lado dos
senhorios nas rendas e sem preocupação com o direito a habitação digna.
A
nível internacional, entre outras, são exemplos da não existência de qualquer
sensibilidade: Margaret
Thatcher, primeira-ministra inglesa, com a guerra das Malvinas e uma violenta
ofensiva contra os sindicatos e os trabalhadores Ingleses; Madeleine Albright,
primeira mulher a ser Secretária de Estado dos Estados Unidos, respondendo numa
entrevista à pergunta se valiam a pena 500 mil crianças mortas no Iraque na
sequência das sanções que haviam sido impostas, disse que sim; Ursula Von der
Leyen, presidente da Comissão Europeia, pouca ou nenhuma preocupação com a paz
e as condições de vida da esmagadora maioria dos europeus; Christine Lagarde, actual
presidente do Banco Central Europeu, em 2018, afirmou: «os idosos vivem muito
tempo e isso representa um perigo e risco para a economia global. Temos que
fazer algo com urgência». Depois apareceu o covid-19.
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