Perante nova investida contra os fumadores, não é fácil vir expelir o fumo de alguma indignação, porque a luta antitabágica, mais do que legítima, é verdadeiramente popular, e impõe-se à sociedade com muita facilidade porque, como afirma Carmo Afonso (C.A.) no PÚBLICO de 12 de Maio, defender terceiros dos malefícios da prática de fumar por outrem é uma razão de grande força. Demonstrar o exagero e o ridículo de algumas das medidas anunciadas é tarefa difícil, possivelmente condenada ao opróbrio alheio, incluindo o de alguns fumadores, desejosos de largar o vício, mas a verdade é que os “praticantes” (assumo pessoalmente a fraqueza e o “pecado”) não merecem a desconsideração nas suas próprias inteligências que lhes é dirigida pelos mesmíssimos senhores que falham sistematicamente nas lutas que desencadeiam contra a pobreza, a fome, as desigualdades, a inflação, as alterações climáticas, a precariedade no emprego, and so on. Partilho das dúvidas de C.A., que não sei se é fumadora, mas paspalha é que ela não é.
Público - 14.05.2023 (com o título alterado para "Investida contra os fumadores" e a supressão das sete últimas palavras).
NOTA: para quem não leu o texto de Carmo Afonso, devo informar que se intitulava “Fumar mata. E ser paspalho também”.
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