quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Urge solidariedade vacinal...

 

 A palavra - solidariedade, não é o nome de um psicofármaco. É a expressão mais intensa de cooperação entre pessoas, entre países e, neste caso, adiante, entre Continentes. De quem tem, para quem tem pouco ou nada.

A gritante desigualdade entre o Hemisfério Norte e o do Sul, no que toca à vacinação é abissal. A imprensa revela que o Continente africano tem uma percentagem de 8% de vacinados(!). Enquanto os países do Norte, já discutem a toma da 4ª dose de vacina, a OMS alerta que os países mais pobres apenas receberam 0,6% das doses produzidas mundialmente.
Aqui entra a solidariedade activa entre os Estados ricos, que se deve materializar em proporcionar condições e vacinas para os países pobres. Para além de se aumentar significativamente o combate à pandemia provocada pela covid-19, diminuía o fosso cada vez maior entre ricos e pobres, também nesta área da saúde.

E, atenção!, caso não seja concretizada esta solidariedade, as mutações do vírus suceder-se-ão, veja-se a variante omicron, que exige mais inoculações, provocando mais desigualdade social, mais vagas pandémicas, com um continuado e dramático desfecho de doentes e mortos! 
Por cá, não basta reconhecer, justamente, como heróis os assistentes operacionais, os enfermeiros e médicos do SNS, urge lhes darem melhores condições globais .
Vítor Colaço Santos 

Cautelas e caldos de galinha


A política e as ações levadas a cabo por Putin desde que está no poder não são passíveis de qualquer branqueamento. Episódios como os da anexação da Crimeia, da neutralização de adversários políticos, das alegadas interferências em processos eleitorais alheios, designadamente nos EUA, da chantagem económica com que tenta influenciar negativamente outros países, das inúmeras intromissões tendentes a semear a discórdia no seio da UE, de tudo o que é mau e de que nos lembremos, Putin será (e foi) capaz.

Teremos de conceder, porém, que, a par dos seus interesses eminentemente pessoais e dos do seu "grupo de amigos", Putin não deixa por mãos alheias a defesa da Rússia. Como recentemente nos recordava Miguel Sousa Tavares no Expresso (11/12/2021), o Ocidente banalizou na sua opinião pública uma série de exigências que, bem vistas as coisas, não só não são simétricas, como não têm razoabilidade. É absurdo que ele exija dos EUA, da NATO e da UE que se afastem militarmente das suas fronteiras? Mas isso é o que o Ocidente sempre fez à então União Soviética. De pouco servirá dizer-se que as condições e os tempos são outros, porque é bom lembrar como reagiu Kennedy à eventual instalação de mísseis em Cuba, nos anos sessenta do século passado. 

Com gente como Putin, todos os cuidados são poucos. Mas ninguém nos garante que os EUA serão sempre governados por gente decente. Lembram-se do Trump?


Público - 02.01.2022 (truncado da parte sublinhada).


CHICO BUARQUE

Fez 50 anos, no ano que está a terminar de 2021, que Chico Buarque lançou o seu álbum Construção, cuja canção que dá o nome ao mesmo, com sete minutos de duração, foi considerada um dos seus melhores trabalhos de sempre, além de se inserir na luta contra a ditadura militar que dominava o Brasil e por ser um grito contra a exploração e exploração dos trabalhadores pelo capitalismo. Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em Junho de 1944. Além de músico e cantor, também é escritor, actor e dramaturgo. Recebeu muitos e vários prémios, entre os quais o Prémio Camões, em 2019, o mais importante prémio literário da língua portuguesa, pelo conjunto da sua obra. «. . . . . . , Por esse pão para comer, por esse chão para dormir/ A certidão para nascer e a concessão pra sorrir/ Por me deixar respirar, por me deixar existir/ Deus lhe pague/ Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir/ Pela fumaça e desgraça que a gente tem que tossir/ Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair/ Deus lhe pague . . . . . . .»

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

JOSÉ DIAS COELHO

Em 19 de Dezembro de 1961 (fez 60 anos), em pleno regime salazarista-fascista, a sua polícia política PIDE assassinou brutalmente, em Alcântara, Lisboa, o pintor José Dias Coelho, com 38 anos, militante do Partido Comunista Português. José Dias Coelho nasceu em 1923, em Pinhel. Foi para lisboa em 1938, onde no Colégio Académico teve contacto com importantes figuras da cultura, como Fernando Lopes-Graça, Abel Manta, Carlos Oliveira, Bento de Jesus Caraça. Após o Liceu, ingressou na Escola de Belas Artes de Lisboa, e por esta altura adere à Federação das Juventudes Comunistas, com actividade política solidária junto de presos políticos e suas famílias e também na comissão de escritores e artistas democráticos do MUD e MUNAF, participou igualmente na organização da primeira exposição geral de artes plásticas. A sua actividade artística foi da escultura aos desenhos, ilustrações e gravuras. José Dias Coelho participou activamente nas lutas estudantis, culturais e políticas e é preso em Janeiro de 1949, no âmbito da candidatura presidencial do general Norton de Matos. Após a sua participação na luta pela paz e nos protestos contra a reunião da NATO em Lisboa, em 1952, é expulso do ensino e proibido de ser professor. Em Outubro de 1955, opta pela luta clandestina no Partido Comunista, deixando a actividade artística, que passou a ser exercida na ajuda e defesa de militantes comunistas clandestinos, com a elaboração de documentos falsos e também executando gravuras, nomeadamente para o jornal Avante. Em 1961, desenvolvia trabalho unitário junto dos antifascistas, na campanha das eleições do regime fascista, sobretudo para desmascarar a guerra colonial que entretanto se iniciara. Em homenagem a José Dias Coelho, José Afonso compôs a letra e música de «A morte saiu à rua». No passado dia 19 de Dezembro, o PCP homenageou José Dias Coelho, numa sessão realizada em Lisboa, perto do local onde ele foi assassinado.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

O PSD ao centro...

 

  ... então, agora que dá jeito, o PSD já não é um partido de direita? É, e sempre foi! Na política, a demagogia paga-se mais cedo do que tarde. O dito centrismo foi parido no congresso, sem propostas. Foi um fartar de unanimismo, com uma excepção. Os que ontem desancavam o líder, Rui Rio, numa batalha campal sem quartel, hoje estão todos de braço dado porque cheira a poder e à distribuição de lugares. Nem que tenham de vender a alma do diabo... passadista. Solicitam em forma de pressão que o PS, caso ganhem as eleições e formem governo, o viabilize. É mais fácil caírem nos braços do Chega... tendo-o feito nos Açores, para formar governo, coligados com este partido proto-fascista. Daquele conclave saiu só ambição de poder e de programa nem vê-lo. 

Rio diz tudo e o seu contrário: é mau a TAP fechar, mas também o é porque suga o erário público. Que solução adianta? Zero. Há um mar de más políticas do PSD quando foi desgoverno: Desde o Citius em estado de sítio da Justiça, passando pela EDP e seus benefícios, os vistos Gold que escondem opacidades criminosas e por aí fora.

Os portugueses na busca incessante pelo pão faz com que tenham pouco tempo para a política e... Rio socorre-se da nossa amnésia para alimentar expectativas. Ainda há memória de elefante.
O centro é o pantanoso centrão do bloco central de interesses que tem dado tanto jeito e dividendos aos quase «siameses», PS/PSD. Em nome da democracia e da pluralidade: maioria absoluta e bloco central - não!
Vítor Colaço Santos

 

A COMUNICAÇÃO SOCIAL E A DEMOCRACIA


Quase meio século depois do 25 de Abril, de democracia em Portugal, grandes transformações se verificaram, evidentemente, mas o país está longe, muito longe, de ter atingido patamares de desenvolvimento e de justiça social, que beneficiem equitativamente a maioria dos portugueses. Daí, a justa insatisfação e desilusão em largas camadas da população, que se traduzem, por exemplo, nas altas taxas de abstenção e já nalguma expectativa a novas propostas demagógicas e populistas. Mas a generalidade dos eleitores está devidamente informada e esclarecida sobre as diversas opções que tem ao seu dispor? Os principais órgãos de comunicação social são, como deveriam ser, isentos e pluralistas? Se assim fosse, então o país que temos, seria da inteira responsabilidade dos eleitores. Mas, evidentemente, não é.

Alguns exemplos, mesmo da rádio e televisão públicas.

Visão Global, é um programa de informação, como o nome diz, global, sobre assuntos nacionais e internacionais, da responsabilidade do jornalista Mário Rui Cardoso com a participação de comentadores convidados.

Contraditório, trata-se de outro programa de debate também sobre temas nacionais e estrangeiros, moderado por João Barreiros com os comentadores residentes, António José Teixeira, Luísa Meireles e Raul Vaz.

Geometria Variável, mais um programa do género do anterior, da responsabilidade de Maria Flor Pedroso com a participação regular de Nuno Severiano Teixeira e Carlos Coelho.

São programas da Antena1 com a duração de uma hora.

Na RTP Informação, passa semanalmente, Janela Global, dirigido por Márcia Rodrigues.

Trata-se de quatro programas de comentário e grande informação, como já se disse, da rádio e televisão públicas, sem um único participante, residente, ou raríssimamente convidado apenas no Geometria Variável, da área da oposição. Oposição, leia-se, à esquerda do PS, nomeadamente, do PCP.

Este, é um exemplo do panorama da Informação Pública! Diferenças da privada, se as há, ainda são para pior.

Portanto, com este “pluralismo”, como é que os eleitores hão-de estar esclarecidos e bem informados?

Os leitores deste jornal, podem ver a diferença; escrevem aqui deputados eleitos no distrito de todos os partidos, e diversos colaboradores de todo o espectro político-ideológico. Cabe a quem nos lê, tirar as suas conclusões. Mas quantos órgãos de informação assim como O Setubalense, existem a nível nacional ou mesmo regional?

Porque a comunicação social isenta e pluralista é fundamental para a democracia, e esta, para o povo e para o país, e porque estamos já no átrio de mais uma campanha eleitoral tão importante, decidi hoje abordar este tema.

E como este nosso mundo, sobretudo agora com a globalização,é uma aldeia, uma “aldeia” com tão sérias ameaças. Veja-se o que se passa no leste da Europa, então não era para se dar voz, ouvir-se, a oposição? Por exemplo, também sobre esta matéria, uma organização vocacionada para tal, como o Conselho Português para a Paz e Cooperação?

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal "O Setubalense"











CARTA ABERTA À MICHELLE - PRIMEIRA DAMA BRASILEIRA

 Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia, Goiás, Brasil em 21/12/2021


PARA ILUSTRAR O TEXTO FOI UTILIZADO A CHARGE DO CARTUNISTA JORGE BRAGA, PUBLICADA HOJE (21/12/21) NO JORNAL “O POPULAR” DE GOIÂNIA

Prezada Michele, a grande história da humanidade tem sido pródiga em enaltecer a influência das esposas em graves momentos que mudaram o destino das nações. Retire um pouquinho de sua apertada agenda para ler e reler as biografias de pelo menos de duas delas: Clementine Churchill e Anna Eleonor Roosevelt. Assuma o seu legitimo papel de moderadora, pelo amor no nosso Brasil, no mínimo para atenuar a influência dos impulsivos “meninos”, aqueles, numericamente designados pelo Presidente.

Venho por meio da imprensa escrita, na qualidade de avô e fazendo voz à grande maioria das famílias brasileiras, solicitar-lhe que interceda junto ao Presidente, para que ele autorize o Ministro da Saúde iniciar a vacinação de crianças conforme nota técnica da Anvisa, órgão que tem fé pública para tal.

Sei que não vai ser uma tarefa fácil pela personalidade do Presidente somado as impensadas influências, mas por favor insista, a senhora tem legitimidade para isto, por ser além de esposa, uma mãe zelosa e religiosa, conhecedora das dificuldades das famílias brasileiras, pois as viveu na meninice e adolescência. Solicite as filhas para pedir ao pai esta autorização como presente de Natal, que, uma vez conseguida, será um presente para todas crianças do nosso querido Brasil.  

Se ainda permanecer inócua esta difícil empreitada, use o jeitinho milagroso e mágico da mulher brasileira, leve a ele estatísticas confiáveis, que isto é um clamor de mais de 80% das famílias brasileiras, que poderá ser revertido em votos para próximas eleições.

Na esperança de ser atendido e na expectativa de sucesso, meus antecipados agradecimentos.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

emissão de selos sobre o centenário do PCP

O Partido Comunista Português foi fundado em 6 de Março de 1921, comemorando em 2021 o seu centenário. Registando e comemorando tal facto, os CTT efectuaram uma emissão de selos sobre o acontecimento, com data de 31.03.2021.

 

O CHILE DISSE NÃO AO FASCISMO


O jovem(35 anos) Gabriel Boric, congregou toda a esquerda e muitos democratas sem partido e conseguiu uma retumbante vitória para a Presidência da República do Chile com 56% dos votos, contra o candidato da extrema direita José António Kast, um admirador do sanguinário ditador Augusto Pinochet que provocou um banho de sangue aquando do golpe que, com o apoio dos EUA, através da CIA, derrubou e assassinou o presidente eleito Salvador Allende. Além disso, Kast, é admirador confesso de Bolsonaro, de Trump e seu pai era alemão, e refugiado nazi.

Portanto, grande vitória para o povo chileno, para a América Latina, para a Democracia, e para o mundo.

Francisco Ramalho


É tão fácil ser forte com os fracos

 

  A Guarda Nacional Republicana, como o nome indica serve para (nos) guardar e velar pelos valores da República, que não se coadunam com a violência gratuita e repleta de ódio racial exercida sobre imigrantes asiáticos, em trabalho nas estufas de Odemira. São sete, os militares acusados de práticas de força física musculada. Já não bastavam as condições de trabalho remuneratório e de habitação daqueles trabalhadores serem deficitários...  As provas daquele crime são evidenciadas através dum grosseiro vídeo elaborado pelos próprios(!). Este sadismo maquiavélico devia ter originado a suspensão imediata destes militares que destroem a imagem da instituição - GNR. Mas não! Cinco deles continuam a exercer(!). Inaceitável. Ninguém da GNR veio a público dar a cara... Três destes são reincidentes! A hierarquia e a tutela devem ser responsabilizadas.

Um relatório das Nações Unidas sinaliza que em Portugal há uma prática reiterada de agressão física/psicológica sobre os imigrantes indefesos pelas forças de segurança.
Esta força de trabalho é imprescindível, não devendo ser reprimida pelo ódio, estigma ou agressão. Ao invés, deve ser incluída. Quem tem uma arma na mão é tão fácil ser forte com os fracos. Estes sete militares repugnantemente odiosos têm lugar num reformatório e não devem permanecer na GNR - jamais!
Vítor Colaço Santos

sábado, 18 de dezembro de 2021

O PREÇO DOS PINHÕES...

mais um problema no reordenamento florestal em Portugal...

 

UMA TRISTEZA!


Entalei um dedo (uma coisa nada agradável) na quarta-feira, houve um pequeno derrame, tenho a unha negra e o dedo um pouco inchado. Tenho aplicado gelo, água fria e uma pomadinha e disse-me esta manhã uma farmacêutica que era melhor consultar um médico ou enfermeiro porque podia desenvolver uma grande infeção.

Já tinha pensado fazê-lo, e depois desta mais avisada opinião, fui há bocado ao novo Centro de Saúde de Corroios, mas bati com o nariz na porta.

Informaram-me depois, que está fechado sábados e domingos e que, mais perto, só podia ser atendido na Amora ou em Almada. Ou seja, se não tivesse transporte próprio ou não pudesse conduzir e mesmo sendo um acidente mais grave, tinha de percorrer a “via sacra” dos transportes e da, com certeza, prolongada espera para ser atendido.

Sabem, com certeza, aqui os amigos virtuais e reais, da luta da JF de Corroios, da CM do Seixal, das Comissões de Utentes da Saúde e da população para se conseguir este tão necessário Centro de Saúde. E agora digam lá se não é uma tristeza, estar fechado aos fins-de-semana!

Quer dizer, ao fim-de-semana, os mais de 50 mil habitantes de Corroios se adoecerem ou tiver um acidente tem de ir recambiados para a Amora ou para Almada atafulharem os outros centros de saúde.

Como estamos à beira de eleições, vem a propósito lembrar os responsáveis por estas aberrações. Chamam-se PS E PSD. Ou se preferirem, os Governos da sua responsabilidade.

Francisco Ramalho

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

À incerteza, não!


 Serão vacinadas crianças, contra a covid-19, de idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos. Assim como nos adultos as vacinas inoculadas não foram suficientemente testadas, naquelas ainda o foram significativamente menos(!). A imprensa refere que só foram monitorizadas três mil crianças... é um número inexpressivo e inconclusivo. A presidente da Sociedade de Cuidados Pediátricos, Cristina Camilo, é taxativa: «Os casos de crianças com doença grave são 0,04% de todos os não infectados. O número é mínimo», ao JN. Já o presidente do Colégio de Especialidade de Pediatria, Jorge Amil Dias, diz: « A vacinação é desnecessária e desproporcionada quando pelo menos um terço das crianças desta faixa etária já estão imunizadas por terem tido contacto com o vírus». Querer vacinar crianças de tão pouca idade, 5, 6, 7 anos, cujos órgãos vitais estão em formação e desconhecendo-se os seus efeitos secundários ao longo da sua idade, «estamos a usar um produto que não foi testado em termos de garantia de segurança», continua, Amil Dias, a alertar no JN. 

A ausência de divulgação do parecer técnico que justificou a decisão de vacinar as crianças gerou desconfiança e ansiedade nos pais e na sociedade civil. Após larga pressão da opinião pública e publicada, aquele relatório foi mostrado. Porque não foi logo tornado público? Havia algo a esconder? O nocivo paternalismo baseado na errada convicção, que somos todos ignorantes e incapazes é um erro de palmatória. Menorizou-nos e desrespeitou-nos. 
São 640 mil crianças expostas a uma decisão vacinal com contornos de elevada incerteza. Assim não!...

Vítor Colaço Santos 

DIOSPIRO

Diospiro é o fruto do diospireiro. Será originário da China e é cultivado desde o século XVII. A origem do nome é do grego e significa alimento de Zeus, pai dos deuses e senhor do Olimpo na mitologia grega. O diospireiro é uma árvore de porte médio. Na época da maturação a árvore quase já não tem folhas. Os diospiros são um fruto outonal (Outubro, Novembro, Dezembro) e os mais consumidos em Portugal: um, tem uma cor laranja avermelhado, é de abrir e normalmente comido à colher; outro, de cor alaranjada é de roer, tipo maçã ou pera. Apesar de ser bastante doce tem poucas calorias, é bastante saudável e muito nutritivo. Em Portugal, é no Algarve essencialmente a sua zona de produção. Embora existam árvores dispersas por todo o País, nalguns casos sem aproveitamento local e não sendo os frutos colhidos. No Brasil o seu nome é caqui (cor da terra), de origem japonesa. O maior produtor mundial é a China, na Europa a Espanha e na América o Brasil.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

 

UMA PENA!


Partiu cedo de mais. E este, é o facto mais lamentável.

Um grande ator. Um homem da Cultura. E esta, mais a informação e o saber, são as bases para uma sociedade mais desenvolvida e justa.

Sobretudo, nestes dias sombrios e de negras perspetivas, foi uma pena.

Aos familiares, amigos e amantes da cultura, as nossas sinceras condolências.

Francisco Ramalho



terça-feira, 14 de dezembro de 2021

O foragido foi detido. Há que extraditá-lo

 

 A detenção do foragido à Justiça, João Rendeiro 

foi fruto de um bom trabalho empenhado da Polícia Judiciária em ligação com as autoridades sul-africanas. Aquele criminoso gozou literalmente com a Justiça, que o «deixou» fugir, e com os portugueses. Até gente do senso comum ficou contente e mais ainda os roubados do BPP. Já em 2013, o Banco de Portugal condenou-o a pagar uma multa de 1,5 milhões de euros. Dois anos depois a CMVM reduziu a soma para 1 milhão(!). Nunca pagou! Justificando que não
possuía património para pagar a coima... Coitadinho. Mas, agora fugiu para Londres, depois para o Catar e por fim, em direcção à Africa do Sul, sempre em avião privado...
Associar, como fez Rui Rio, a descoberta num hotel luxuoso, onde o prevaricador se encontrava escondido, tendo ficado em prisão preventiva, à actual campanha pré-eleitoral, dizendo que Rendeiro teve azar, porque estamos próximo de eleições(!), não lembra ao diabo nem pode vir de alguém com sanidade mental... 
O sr. Rio está obnubilado? Sabemos que a independência do poder judicial é para este - excessivo ou estranho... mas, a judicialização política abre portas ao populismo e Rui Rio gosta de usar a maçaneta para a direita! Ficar-lhe-ia bem ter dito, já que Rendeiro foi detido, há que conjugar esforços para ser extraditado.

Vítor Colaço Santos 

O insulto de Rui Rio à polícia judiciária

 

Rui Rio ao sugerir que a prisão de Rendeiro teve a ver com o calendário eleitoral,está a meu ver a insultar a PJ,.
Alguém que almeja ser 1º ministro não pode andar por aí a insultar instituições.
Eu estava à espera de uma tirada do género da parte da Catarina Martins ou do André Ventura, mas afinal mesmo que se discorde  deles revelaram mais sentido de estado do que Rui Rio.

Quintino Silva

sábado, 11 de dezembro de 2021

A geração mais bem preparada?!


É verdade que hoje temos uma geração mais bem preparada, mas paradoxalmente temos a geração mais mal paga de sempre.
De tal maneira que uma empresa de construção, mais depressa arranja um engenheiro por 900€ do que um pedreiro.
E como chegamos a isto?
A meu ver chegamos a isto, porque ao longo dos tempos, desvalorizou-se o trabalho manual, e toda a gente foi a correr para licenciaturas disto e daquilo, e agora não há lugar para todos.
Todos fazemos falta, mas a política salarial leva-nos os nossos melhores.
Faltam pedreiros, carpinteiros, canalizadores etc.
Sobram engenheiros e doutores diversos.
Só não sobram médicos, porque como somos "ricos" andamos a formá-los para os ricos a sério ficarem com eles sem gastarem um euro.

Quintino Silva

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Os pensionistas pobres não merecem tanto desprezo

 

 Os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (Estado), são cerca de 3,5 milhões e não têm tido o devido merecimento.

São velhos, não interessam para nada, já que não produzem e só acarretam despesa(!). Despreza-se quem trabalhou para o país e para o Estado, tendo descontado uma vida inteira. 

Em 2022, as pensões de baixo valor irão ter uma esmola miserável de 0,9%.
Durante a vigência da troika, no período de 20011/2015, com o PSD/CDS, as pensões superiores a 260 euros foram congeladas(!). Eram uma «fortuna».
Para quem coloca nos píncaros o governo PS/António Costa, veja-se: a partir de 2015, com a Lei 53-B/2006, que regula o aumento das pensões, não tendo sido alterada a situação dos pensionistas não melhorou. Em 2016, pensões até
683,8 euros tiveram uma subida de 0,4% e as restantes congeladas. Em 2017, quem recebesse até 842,6 euros teve um aumento de 0,5% e até 2020, os valores são idênticos - irrisórios. A vida difícil dos pensionistas é o reflexo da desigualdade social.
Dizem-nos que não há dinheiro... isto é uma mentira incomensurável. Há dinheiro!
O governo concede às empresas isenções de pagamento de contribuições no valor de 218 milhões de euros e impôs à Segurança Social pagar despesas relativas à Covid de 1 770 milhões de euros, quando deviam ser pagas na íntegra pelo Orçamento do Estado e, apenas foram de 568 milhões. 
Estamos perante uma enorme iniquidade social duplamente penalizadora. Os velhos já não podem e ninguém lhes dá trabalho, tendo um dilema: ou comem ou gastam na farmácia... os governantes revelam uma profunda e inqualificável insensibilidade para com a condição dramática dos pensionistas pobres.
Os velhos são dignos de viver e não sobreviver. Sendo bibliotecas ambulantes, dêem-lhes consideração e préstimo!

      Vítor Colaço Santos 

Apostila: Os meus artigos de opinião, em termos de tamanho de letra vão sempre uniformes. Quando são publicados há diferenças de volumetria...

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

 

É PRECISO DIZER NÃO


A história dá-nos tantas lições, mas o egoísmo, a hipocrisia, a sede de poder de alguns, continua a falar mais alto e a prejudicar tantos.

Mas sempre houve e haverá quem diga não.

Vem isto a propósito da forma como a atual pandemia está a ser combatida e, mais uma vez, da hipocrisia, do egoísmo e da sede de poder dos que perante a hipótese de serem obrigados a perder algum, ou para o aumentarem, habitualmente, ameaçam ou recorrem mesmo à guerra.

A propósito da pandemia, é óbvio que se tivesse sido combatida uniformemente ou quase, a nível mundial, nomeadamente através das vacinas, já estaria bem menos ativa. Já não estaríamos sujeitos às recorrentes variantes do vírus mais ou menos contagiosas e perigosas. Mas os suspeitos do costume (SC) para não perderem fabulosos lucros, não cedem as patentes nem auxiliam aqueles a quem sugam tantas e tão essenciais matérias-primas, que não têm possibilidade de as comprar. E assim, enquanto na Europa, América do Norte, Austrália, Japão, com exceção dos pretensiosos negacionistas, já quase toda a gente está convenientemente vacinada ou para lá caminha, principalmente em África, mas também na Ásia e América Latina, há milhões sem uma única dose. E assim, com todas as consequências, nunca mais nos vemos livres desta “praga”. Aliás, com a SIDA passa-se o mesmo. No chamado mundo desenvolvido com os medicamentos retro-virais, já é considerada uma doença crónica, no terceiro mundo, à falta deles, continua a provocar milhares de mortes.

Como se não bastasse a famigerada Covid-19 com todo o seu cortejo de desgraças afetando sobretudo os mais necessitados (a ONU divulgou agora que, devido a ela, aumentou em 17% os 164 milhões de pessoas a socorrer), os SC, revelando toda a sua hipocrisia e perigosidade, depois da destruição e dos muitos milhares de mortos e refugiados que provocaram com as guerras onde intervieram ou apoiaram, só para referir as ultimas; Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Iémen, vêm agora, a propósito de refugiados, apontar o dedo acusador à Bielorrússia, acerca da qual, também fazem criticas sobre democracia e direitos humanos, quando, na verdade, o que os preocupa, é que a mesma não segue a sua cartilha e são públicas as suas principais empresas e por ter relações normais com um dos seus principais inimigos de eleição; a Rússia.

Na Hungria, Polónia e outros países da região onde a extrema direita dita ordens e, por exemplo, na Ucrânia, onde neo-fascistas desfilam nas ruas e incendeiam sedes de sindicatos, isso não os preocupa. Aliás, protegem-nos. Assim como fecham os olhos onde a mulher é escrava, como na sua aliada Arábia Saudita e que massacra o Iémen.

E fazem manobras militares e reuniões do seu braço armado, a NATO, junto daqueles países e criam novas alianças militares como a AUKUS na região da Ásia-Pacífico visando a China.

Portanto, não são apenas hipócritas e criminosos. Mesmo em tempo de pandemia quando seria tão útil cooperação, ameaçam a paz mundial.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no no jornal "O Setubalense"





sábado, 4 de dezembro de 2021

O ESTADO DESOLADOR DO PARQUE QUINTA DO CONDE DAS DEVESAS

(a capela) O Parque Quinta do Conde das Devesas, também classificado como Jardim das Camélias, devido ao grande número de camélias (japoneiras), tendo igualmente árvores centenárias, lagos e esculturas, fica na freguesia de Santa Marinha, entre as Devesas e o Marco, Vila Nova de Gaia, em zona dominada por antigos armazéns de empresas de vinho do Porto. A câmara de V.N.Gaia depois de acordo com a Misericórdia de Gaia, ficou na sua posse e decidiu transformar num parque aberto ao público, os jardins e espaços envolventes do solar do conde das Devesas. O parque foi inaugurado em 2013, pelo anterior presidente da câmara do PSD. Mas após as eleições, a presidência e executivo da autarquia passariam para o Partido Socialista, que em 8 anos na gestão na câmara e junta de freguesia, não prestou a atenção merecida e que se justificava e, assim, tem-se assistido a uma continuada degradação, com os edifícios do solar e da capela num estado desolador e os jardins sem o apropriado e necessário cuidado. A meio de 2020, o executivo municipal socialista alvitrou a revitalização do parque e dum investimento para tal, abrindo a porta à concessão da sua exploração, com a obrigatoriedade da sua reabilitação, nomeadamente dos edifícios em ruínas, devendo andar à procura dum investidor para o efeito.
(o solar)

 

UM MINISTRO INDECISO, COM AZAR E O SENSO COMUM


Foram dois casos gravíssimos. Duas mortes. A primeira, não foi uma morte vulgar, foi um hediondo crime. De maneira que, a segunda, já devia ter sido evitada se o ministro fosse um homem decidido. Tinha demitido imediatamente os culpados diretos e indiretos, a Justiça após breve julgamento, colocava os principais atrás das grades, e ele também se demitia.

Depois, foi uma questão de azar mas não só.

Quem é que não andou já a 160 na autoestrada? Mas se tivermos azar, o que foi o caso, pagamos por isso, porque transgredimos.

Desta vez, não bastava o ministro demitir-se logo, o que não fez, a Justiça devia, ou deve, puni-lo.

Diz que era apenas um passageiro. Fez mal em dizê-lo. Como disse, e bem, Manuel João Ramos da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, “alguma vez por sua alta recriação, o condutor ia a 160?”.

E se fossem àquela velocidade e o ministro não quisesse prevaricar, ordenava ao condutor que abrandasse. Portanto, não era um simples passageiro. Era o chefe hierárquico do condutor. Ainda se pode admitir que o ministro ia distraído e não reparou na velocidade a que circulavam. Mas, nesse caso, tinha-o admitido, e perante a gravidade do acidente, demitia-se e punha-se à disposição da Justiça.

Quanto ao condutor,como não sou jurista, não me pronuncio. Cabe à Justiça fazê-lo.

E pronto! Creio ser este, o senso comum.

Conclusão, sejamos ministros ou não, se o formos, não nos podemos distrair com o condutor, se não formos, antes de carregarmos no acelerador, devemos pensar duas vezes.

Francisco Ramalho




sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

A lei da Eutanásia ainda não morreu...

 

  Pela segunda vez, o presidente da República vetou a lei que descriminaliza a morte medicamente assistida. Após o primeiro veto, o documento voltou ao Parlamento para nova apreciação e, depois de trabalhado, sobretudo pelos deputados dos partidos que a votaram favoravelmente, e bem, a lei foi alterada, também pelo número de vezes ampliado que o doente irreversível tinha de reconfirmar a disposição para ter morte assistida. Este veto desprezou o labor dos parlamentares, foi político porque favoreceu o seu PSD e negou a agonia terminal da doença. Nesta má decisão de Marcelo, também radica

no facto de ser beato e colar-se ao conservadorismo católico. Esta religião prega até à exaustão as virtudes do amor, mas não tem compaixão pelo desumano sofrimento agónico sem remissão. Bem prega Frei Tomás...
É significativo que um grupo de 10 juristas contesta o veto presidencial pela argumentação 'supostamente' jurídica que usou.
Se Marcelo tivesse tido um familiar próximo em estado terminal, com tais dores oncológicas, que só foram disfarçadas com elevadas doses de morfina, como eu tive minha mãe - que me disse 'nunca mais acabo!' - em vez de vetar, teria promulgado a lei? Neste caso, os cuidados paliativos são «aspirinas» para a fatal morte!
Os adeptos do obituário da lei da Eutanásia devem estar equivocados. Aquela voltará à Assembleia da República, num processo que já se arrasta há 26 anos(!), e será regulada como direito fundamental!

Vítor Colaço Santos 

Miséria moral… e estúpida


Apodero-me de uma expressão que Ana Sá Lopes utilizou na sua “Anacrónica” (de passagem, não posso deixar escapar a ocasião para a felicitar por esta designação que é um “arrincanço” fabuloso) de 28.11.2021, para compor o título desta carta.

Em Março passado, quando enviei um texto ao PÚBLICO (que não mereceu as honras de publicação), questionando os governantes dos países ricos e desenvolvidos sobre o “medo” que os impedia de, em humanitária medida, fazerem quebrar as patentes das vacinas anti-covid, nunca imaginei que, no último mês do ano, a situação se mantivesse inalterada. Faltam-me palavras desonrosas para classificar a enorme hipocrisia de quantos nos martirizam o quotidiano com medidas e mais medidas para combater a pandemia, anunciadas com a pompa da vergonha e a circunstância do costume. Encaremos os factos: a União Europeia e os EUA, sem esquecer todos os outros países do soberbo G20, estão-se “borrifando” para o escassíssimo número de vacinados por esse mundo fora. Quando começarão a perceber que, à moda do chefe gaulês Abraracourcix, o “céu lhes pode cair na cabeça”?


Público - 04.12.2021