A palavra - solidariedade, não é o nome de um psicofármaco. É a expressão mais intensa de cooperação entre pessoas, entre países e, neste caso, adiante, entre Continentes. De quem tem, para quem tem pouco ou nada.
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
A palavra - solidariedade, não é o nome de um psicofármaco. É a expressão mais intensa de cooperação entre pessoas, entre países e, neste caso, adiante, entre Continentes. De quem tem, para quem tem pouco ou nada.
A política e as ações levadas a cabo por Putin desde que está no poder não são passíveis de qualquer branqueamento. Episódios como os da anexação da Crimeia, da neutralização de adversários políticos, das alegadas interferências em processos eleitorais alheios, designadamente nos EUA, da chantagem económica com que tenta influenciar negativamente outros países, das inúmeras intromissões tendentes a semear a discórdia no seio da UE, de tudo o que é mau e de que nos lembremos, Putin será (e foi) capaz.
Teremos de conceder, porém, que, a par dos seus interesses eminentemente pessoais e dos do seu "grupo de amigos", Putin não deixa por mãos alheias a defesa da Rússia. Como recentemente nos recordava Miguel Sousa Tavares no Expresso (11/12/2021), o Ocidente banalizou na sua opinião pública uma série de exigências que, bem vistas as coisas, não só não são simétricas, como não têm razoabilidade. É absurdo que ele exija dos EUA, da NATO e da UE que se afastem militarmente das suas fronteiras? Mas isso é o que o Ocidente sempre fez à então União Soviética. De pouco servirá dizer-se que as condições e os tempos são outros, porque é bom lembrar como reagiu Kennedy à eventual instalação de mísseis em Cuba, nos anos sessenta do século passado.
Com gente como Putin, todos os cuidados são poucos. Mas ninguém nos garante que os EUA serão sempre governados por gente decente. Lembram-se do Trump?
Público - 02.01.2022 (truncado da parte sublinhada).
... então, agora que dá jeito, o PSD já não é um partido de direita? É, e sempre foi! Na política, a demagogia paga-se mais cedo do que tarde. O dito centrismo foi parido no congresso, sem propostas. Foi um fartar de unanimismo, com uma excepção. Os que ontem desancavam o líder, Rui Rio, numa batalha campal sem quartel, hoje estão todos de braço dado porque cheira a poder e à distribuição de lugares. Nem que tenham de vender a alma do diabo... passadista. Solicitam em forma de pressão que o PS, caso ganhem as eleições e formem governo, o viabilize. É mais fácil caírem nos braços do Chega... tendo-o feito nos Açores, para formar governo, coligados com este partido proto-fascista. Daquele conclave saiu só ambição de poder e de programa nem vê-lo.
A COMUNICAÇÃO SOCIAL E A DEMOCRACIA
Quase meio século depois do 25 de Abril, de democracia em Portugal, grandes transformações se verificaram, evidentemente, mas o país está longe, muito longe, de ter atingido patamares de desenvolvimento e de justiça social, que beneficiem equitativamente a maioria dos portugueses. Daí, a justa insatisfação e desilusão em largas camadas da população, que se traduzem, por exemplo, nas altas taxas de abstenção e já nalguma expectativa a novas propostas demagógicas e populistas. Mas a generalidade dos eleitores está devidamente informada e esclarecida sobre as diversas opções que tem ao seu dispor? Os principais órgãos de comunicação social são, como deveriam ser, isentos e pluralistas? Se assim fosse, então o país que temos, seria da inteira responsabilidade dos eleitores. Mas, evidentemente, não é.
Alguns exemplos, mesmo da rádio e televisão públicas.
Visão Global, é um programa de informação, como o nome diz, global, sobre assuntos nacionais e internacionais, da responsabilidade do jornalista Mário Rui Cardoso com a participação de comentadores convidados.
Contraditório, trata-se de outro programa de debate também sobre temas nacionais e estrangeiros, moderado por João Barreiros com os comentadores residentes, António José Teixeira, Luísa Meireles e Raul Vaz.
Geometria Variável, mais um programa do género do anterior, da responsabilidade de Maria Flor Pedroso com a participação regular de Nuno Severiano Teixeira e Carlos Coelho.
São programas da Antena1 com a duração de uma hora.
Na RTP Informação, passa semanalmente, Janela Global, dirigido por Márcia Rodrigues.
Trata-se de quatro programas de comentário e grande informação, como já se disse, da rádio e televisão públicas, sem um único participante, residente, ou raríssimamente convidado apenas no Geometria Variável, da área da oposição. Oposição, leia-se, à esquerda do PS, nomeadamente, do PCP.
Este, é um exemplo do panorama da Informação Pública! Diferenças da privada, se as há, ainda são para pior.
Portanto, com este “pluralismo”, como é que os eleitores hão-de estar esclarecidos e bem informados?
Os leitores deste jornal, podem ver a diferença; escrevem aqui deputados eleitos no distrito de todos os partidos, e diversos colaboradores de todo o espectro político-ideológico. Cabe a quem nos lê, tirar as suas conclusões. Mas quantos órgãos de informação assim como O Setubalense, existem a nível nacional ou mesmo regional?
Porque a comunicação social isenta e pluralista é fundamental para a democracia, e esta, para o povo e para o país, e porque estamos já no átrio de mais uma campanha eleitoral tão importante, decidi hoje abordar este tema.
E como este nosso mundo, sobretudo agora com a globalização,é uma aldeia, uma “aldeia” com tão sérias ameaças. Veja-se o que se passa no leste da Europa, então não era para se dar voz, ouvir-se, a oposição? Por exemplo, também sobre esta matéria, uma organização vocacionada para tal, como o Conselho Português para a Paz e Cooperação?
Francisco Ramalho
Publicado hoje no jornal "O Setubalense"
Orivaldo Jorge de Araújo
Goiânia, Goiás, Brasil em 21/12/2021
Prezada Michele, a grande história da
humanidade tem sido pródiga em enaltecer a influência das esposas em graves
momentos que mudaram o destino das nações. Retire um pouquinho de sua apertada
agenda para ler e reler as biografias de pelo menos de duas delas: Clementine
Churchill e Anna Eleonor Roosevelt. Assuma o seu legitimo papel de moderadora,
pelo amor no nosso Brasil, no mínimo para atenuar a influência dos impulsivos
“meninos”, aqueles, numericamente designados pelo Presidente.
Venho por meio da imprensa escrita,
na qualidade de avô e fazendo voz à grande maioria das famílias brasileiras,
solicitar-lhe que interceda junto ao Presidente, para que ele autorize o
Ministro da Saúde iniciar a vacinação de crianças conforme nota técnica da
Anvisa, órgão que tem fé pública para tal.
Sei que não vai ser uma tarefa fácil
pela personalidade do Presidente somado as impensadas influências, mas por
favor insista, a senhora tem legitimidade para isto, por ser além de esposa, uma
mãe zelosa e religiosa, conhecedora das dificuldades das famílias brasileiras,
pois as viveu na meninice e adolescência. Solicite as filhas para pedir ao pai esta
autorização como presente de Natal, que, uma vez conseguida, será um presente
para todas crianças do nosso querido Brasil.
Se ainda permanecer inócua esta
difícil empreitada, use o jeitinho milagroso e mágico da mulher brasileira,
leve a ele estatísticas confiáveis, que isto é um clamor de mais de 80% das
famílias brasileiras, que poderá ser revertido em votos para próximas eleições.
Na esperança de ser atendido e na
expectativa de sucesso, meus antecipados agradecimentos.
O CHILE DISSE NÃO AO FASCISMO
O jovem(35 anos) Gabriel Boric, congregou toda a esquerda e muitos democratas sem partido e conseguiu uma retumbante vitória para a Presidência da República do Chile com 56% dos votos, contra o candidato da extrema direita José António Kast, um admirador do sanguinário ditador Augusto Pinochet que provocou um banho de sangue aquando do golpe que, com o apoio dos EUA, através da CIA, derrubou e assassinou o presidente eleito Salvador Allende. Além disso, Kast, é admirador confesso de Bolsonaro, de Trump e seu pai era alemão, e refugiado nazi.
Portanto, grande vitória para o povo chileno, para a América Latina, para a Democracia, e para o mundo.
Francisco Ramalho
A Guarda Nacional Republicana, como o nome indica serve para (nos) guardar e velar pelos valores da República, que não se coadunam com a violência gratuita e repleta de ódio racial exercida sobre imigrantes asiáticos, em trabalho nas estufas de Odemira. São sete, os militares acusados de práticas de força física musculada. Já não bastavam as condições de trabalho remuneratório e de habitação daqueles trabalhadores serem deficitários... As provas daquele crime são evidenciadas através dum grosseiro vídeo elaborado pelos próprios(!). Este sadismo maquiavélico devia ter originado a suspensão imediata destes militares que destroem a imagem da instituição - GNR. Mas não! Cinco deles continuam a exercer(!). Inaceitável. Ninguém da GNR veio a público dar a cara... Três destes são reincidentes! A hierarquia e a tutela devem ser responsabilizadas.
UMA TRISTEZA!
Entalei um dedo (uma coisa nada agradável) na quarta-feira, houve um pequeno derrame, tenho a unha negra e o dedo um pouco inchado. Tenho aplicado gelo, água fria e uma pomadinha e disse-me esta manhã uma farmacêutica que era melhor consultar um médico ou enfermeiro porque podia desenvolver uma grande infeção.
Já tinha pensado fazê-lo, e depois desta mais avisada opinião, fui há bocado ao novo Centro de Saúde de Corroios, mas bati com o nariz na porta.
Informaram-me depois, que está fechado sábados e domingos e que, mais perto, só podia ser atendido na Amora ou em Almada. Ou seja, se não tivesse transporte próprio ou não pudesse conduzir e mesmo sendo um acidente mais grave, tinha de percorrer a “via sacra” dos transportes e da, com certeza, prolongada espera para ser atendido.
Sabem, com certeza, aqui os amigos virtuais e reais, da luta da JF de Corroios, da CM do Seixal, das Comissões de Utentes da Saúde e da população para se conseguir este tão necessário Centro de Saúde. E agora digam lá se não é uma tristeza, estar fechado aos fins-de-semana!
Quer dizer, ao fim-de-semana, os mais de 50 mil habitantes de Corroios se adoecerem ou tiver um acidente tem de ir recambiados para a Amora ou para Almada atafulharem os outros centros de saúde.
Como estamos à beira de eleições, vem a propósito lembrar os responsáveis por estas aberrações. Chamam-se PS E PSD. Ou se preferirem, os Governos da sua responsabilidade.
Francisco Ramalho
Serão vacinadas crianças, contra a covid-19, de idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos. Assim como nos adultos as vacinas inoculadas não foram suficientemente testadas, naquelas ainda o foram significativamente menos(!). A imprensa refere que só foram monitorizadas três mil crianças... é um número inexpressivo e inconclusivo. A presidente da Sociedade de Cuidados Pediátricos, Cristina Camilo, é taxativa: «Os casos de crianças com doença grave são 0,04% de todos os não infectados. O número é mínimo», ao JN. Já o presidente do Colégio de Especialidade de Pediatria, Jorge Amil Dias, diz: « A vacinação é desnecessária e desproporcionada quando pelo menos um terço das crianças desta faixa etária já estão imunizadas por terem tido contacto com o vírus». Querer vacinar crianças de tão pouca idade, 5, 6, 7 anos, cujos órgãos vitais estão em formação e desconhecendo-se os seus efeitos secundários ao longo da sua idade, «estamos a usar um produto que não foi testado em termos de garantia de segurança», continua, Amil Dias, a alertar no JN.
Vítor Colaço Santos
UMA PENA!
Partiu cedo de mais. E este, é o facto mais lamentável.
Um grande ator. Um homem da Cultura. E esta, mais a informação e o saber, são as bases para uma sociedade mais desenvolvida e justa.
Sobretudo, nestes dias sombrios e de negras perspetivas, foi uma pena.
Aos familiares, amigos e amantes da cultura, as nossas sinceras condolências.
Francisco Ramalho
A detenção do foragido à Justiça, João Rendeiro
Os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (Estado), são cerca de 3,5 milhões e não têm tido o devido merecimento.
São velhos, não interessam para nada, já que não produzem e só acarretam despesa(!). Despreza-se quem trabalhou para o país e para o Estado, tendo descontado uma vida inteira.
É PRECISO DIZER NÃO
A história dá-nos tantas lições, mas o egoísmo, a hipocrisia, a sede de poder de alguns, continua a falar mais alto e a prejudicar tantos.
Mas sempre houve e haverá quem diga não.
Vem isto a propósito da forma como a atual pandemia está a ser combatida e, mais uma vez, da hipocrisia, do egoísmo e da sede de poder dos que perante a hipótese de serem obrigados a perder algum, ou para o aumentarem, habitualmente, ameaçam ou recorrem mesmo à guerra.
A propósito da pandemia, é óbvio que se tivesse sido combatida uniformemente ou quase, a nível mundial, nomeadamente através das vacinas, já estaria bem menos ativa. Já não estaríamos sujeitos às recorrentes variantes do vírus mais ou menos contagiosas e perigosas. Mas os suspeitos do costume (SC) para não perderem fabulosos lucros, não cedem as patentes nem auxiliam aqueles a quem sugam tantas e tão essenciais matérias-primas, que não têm possibilidade de as comprar. E assim, enquanto na Europa, América do Norte, Austrália, Japão, com exceção dos pretensiosos negacionistas, já quase toda a gente está convenientemente vacinada ou para lá caminha, principalmente em África, mas também na Ásia e América Latina, há milhões sem uma única dose. E assim, com todas as consequências, nunca mais nos vemos livres desta “praga”. Aliás, com a SIDA passa-se o mesmo. No chamado mundo desenvolvido com os medicamentos retro-virais, já é considerada uma doença crónica, no terceiro mundo, à falta deles, continua a provocar milhares de mortes.
Como se não bastasse a famigerada Covid-19 com todo o seu cortejo de desgraças afetando sobretudo os mais necessitados (a ONU divulgou agora que, devido a ela, aumentou em 17% os 164 milhões de pessoas a socorrer), os SC, revelando toda a sua hipocrisia e perigosidade, depois da destruição e dos muitos milhares de mortos e refugiados que provocaram com as guerras onde intervieram ou apoiaram, só para referir as ultimas; Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Iémen, vêm agora, a propósito de refugiados, apontar o dedo acusador à Bielorrússia, acerca da qual, também fazem criticas sobre democracia e direitos humanos, quando, na verdade, o que os preocupa, é que a mesma não segue a sua cartilha e são públicas as suas principais empresas e por ter relações normais com um dos seus principais inimigos de eleição; a Rússia.
Na Hungria, Polónia e outros países da região onde a extrema direita dita ordens e, por exemplo, na Ucrânia, onde neo-fascistas desfilam nas ruas e incendeiam sedes de sindicatos, isso não os preocupa. Aliás, protegem-nos. Assim como fecham os olhos onde a mulher é escrava, como na sua aliada Arábia Saudita e que massacra o Iémen.
E fazem manobras militares e reuniões do seu braço armado, a NATO, junto daqueles países e criam novas alianças militares como a AUKUS na região da Ásia-Pacífico visando a China.
Portanto, não são apenas hipócritas e criminosos. Mesmo em tempo de pandemia quando seria tão útil cooperação, ameaçam a paz mundial.
Francisco Ramalho
Publicado hoje no no jornal "O Setubalense"
UM MINISTRO INDECISO, COM AZAR E O SENSO COMUM
Foram dois casos gravíssimos. Duas mortes. A primeira, não foi uma morte vulgar, foi um hediondo crime. De maneira que, a segunda, já devia ter sido evitada se o ministro fosse um homem decidido. Tinha demitido imediatamente os culpados diretos e indiretos, a Justiça após breve julgamento, colocava os principais atrás das grades, e ele também se demitia.
Depois, foi uma questão de azar mas não só.
Quem é que não andou já a 160 na autoestrada? Mas se tivermos azar, o que foi o caso, pagamos por isso, porque transgredimos.
Desta vez, não bastava o ministro demitir-se logo, o que não fez, a Justiça devia, ou deve, puni-lo.
Diz que era apenas um passageiro. Fez mal em dizê-lo. Como disse, e bem, Manuel João Ramos da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, “alguma vez por sua alta recriação, o condutor ia a 160?”.
E se fossem àquela velocidade e o ministro não quisesse prevaricar, ordenava ao condutor que abrandasse. Portanto, não era um simples passageiro. Era o chefe hierárquico do condutor. Ainda se pode admitir que o ministro ia distraído e não reparou na velocidade a que circulavam. Mas, nesse caso, tinha-o admitido, e perante a gravidade do acidente, demitia-se e punha-se à disposição da Justiça.
Quanto ao condutor,como não sou jurista, não me pronuncio. Cabe à Justiça fazê-lo.
E pronto! Creio ser este, o senso comum.
Conclusão, sejamos ministros ou não, se o formos, não nos podemos distrair com o condutor, se não formos, antes de carregarmos no acelerador, devemos pensar duas vezes.
Francisco Ramalho
Pela segunda vez, o presidente da República vetou a lei que descriminaliza a morte medicamente assistida. Após o primeiro veto, o documento voltou ao Parlamento para nova apreciação e, depois de trabalhado, sobretudo pelos deputados dos partidos que a votaram favoravelmente, e bem, a lei foi alterada, também pelo número de vezes ampliado que o doente irreversível tinha de reconfirmar a disposição para ter morte assistida. Este veto desprezou o labor dos parlamentares, foi político porque favoreceu o seu PSD e negou a agonia terminal da doença. Nesta má decisão de Marcelo, também radica
Apodero-me de uma expressão que Ana Sá Lopes utilizou na sua “Anacrónica” (de passagem, não posso deixar escapar a ocasião para a felicitar por esta designação que é um “arrincanço” fabuloso) de 28.11.2021, para compor o título desta carta.
Em Março passado, quando enviei um texto ao PÚBLICO (que não mereceu as honras de publicação), questionando os governantes dos países ricos e desenvolvidos sobre o “medo” que os impedia de, em humanitária medida, fazerem quebrar as patentes das vacinas anti-covid, nunca imaginei que, no último mês do ano, a situação se mantivesse inalterada. Faltam-me palavras desonrosas para classificar a enorme hipocrisia de quantos nos martirizam o quotidiano com medidas e mais medidas para combater a pandemia, anunciadas com a pompa da vergonha e a circunstância do costume. Encaremos os factos: a União Europeia e os EUA, sem esquecer todos os outros países do soberbo G20, estão-se “borrifando” para o escassíssimo número de vacinados por esse mundo fora. Quando começarão a perceber que, à moda do chefe gaulês Abraracourcix, o “céu lhes pode cair na cabeça”?
Público - 04.12.2021