A dita verdadeira Esquerda parece não aprender nada com os desaires que vem sofrendo, continuando com aquele discurso que pretende fazer crer ser o mais indicado para levar a bom porto os seus desígnios, e o que mais me surpreende é não perceberem que a gente se cansa daquela lengalenga; de facto, quando ouço a Catarina, por exemplo, arengar naquele seu tom lamuriento acerca do que vai mal, e há muita coisa que vai mesmo mal, fico com a sensação de que sempre lhe ouvimos aquilo e poderemos continuar a ouvi-la pelos séculos dos séculos, porque ela nunca vai entender o suficiente para se adaptar à realidade do povo que somos.
Em espanha também é o mesmo, com o Podemos, que tem ministros no Governo, a manter um discurso público a fazer crer que tudo que está a ser bem feito se deve a eles, o que é mau só acontece porque quem manda mais é o PSOE, que não é capaz de se libertar da NATO e da UE; é que para estes génios os compromissos do país que lhes não agradam deviam ser pura e simplesmente rasgados, e passariam a viver no melhor dos mundos.
Nas várias eleiçoes que entretanto tem havido, o outro partido da Direita, que nasceu para desafiar a Direita tradicional e dar a Espanha um rumo novo, de sua graça “Ciudadanos”, tem ficado reduzido a nada, ao partido de que Pablo Iglésias foi fundador, “Unidas Podemos”, de cuja direcção se retirou há cerca de um ano, vem acontecendo a mesma coisa, e a moça que ocupou o seu lugar na direcção, Ione Belarra, também ministra no Governo, sempre que abre a boca deixa a Direita em delírio, tantos são os disparates que debita.
“Es Podemos en solitario quien levanta las banderas propias de un Gobierno progresista” – disse a senhora um dia destes, minimizando quem realmente enfrenta as principais responsabilidades da governação de um grande país. Sempre atento a tudo, o “velho” Aznar não perde nenhuma oportunidade para tentar ridicularizar o Governo de Sánchez, sabendo que aquilo não se aguentará sem o apoio de Podemos; a última daquele Zé Maria foi que “La Izquierda en España se va a derrumbar por falta de contenido y por exceso de disparates”...
Amândio G. Martins
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