Sou ocidental e sou europeu. Tanto como Boris Johnson, Jens Stoltenberg, Ursula von der Leyen ou Amineh Kakabavehou, a deputada de origem curda que viabiliza o governo sueco. E vou terminar este texto sobre a NATO, como Bárbara Reis, sem um estafado “Abaixo Putin”.
Em tempo de foguetório por tanta “coesão” entre os membros, vale a pena regressar às origens. Em 1949, onze democracias (nove das quais europeias) mais Portugal fundaram a NATO com uma claríssima Missão: defenderem-se de algum desvario expansionista da União Soviética. Quatro anos depois, Stalin morreu, e a NATO manteve a posição, tanto mais que o sucessor, Khrushchev, exímio em “sapateado” nas escrivaninhas da ONU, também não merecia grande “confiança”.
Mais tarde, Gorbachev, dócil e sem manias de superioridade moral, reconheceu vantagens ao Ocidente, facilitando uma espécie de “normalização capitalista” do mundo industrializado. Não o terá feito a troco de nada, parecendo certo que o próprio presidente Bush (pai) lhe teria garantido defesa, comprometendo a NATO a não incluir, no futuro, qualquer país da então “área de influência” soviética.
Ao momento, a “contabilidade”, em permanente crescendo, regista 30 países no activo da NATO, mas os “medos” permanecem, mesmo que o leitmotiv original se tenha esboroado. Os mandões político-militares em exercício, de faca nos dentes e com Atlântico no nome, já pensam no Pacífico. Galhardamente, não temem um vaipe do alegadamente psicopata Putin, senhor de um arsenal nuclear.
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