Com o omnipresente aquecimento global, e as suas consequências no zona geográfica onde nos situamos, a desgraça dos incêndios já nem tem época, podendo acontecer em qualquer fase do ano, como se tem visto; mas sabendo todos que só a preparação para o combate a esta calamidade já consome imensos recursos, e de ano para ano parece arder cada vez mais, questiono se não se deveria tratar doutra forma o candente problema.
Na situação actual, os privados que ainda o podem fazer, consomem nas limpezas as magras economias, mas quando dão com tudo limpo, normalmente na época mais húmida, a vegetação cresce logo rapidamente, de tal forma que, quando vira para seco, aquilo transforma-se de novo num desesperante pasto para as chamas, tornando inútil todo o esforço feito; por seu lado, o Estado gasta imenso em meios e gente, que nunca são suficientes para acudir às centenas de fogos diários.
Num quadro destes, o que me parece mais racional, e seguramente menos dispendioso, seria o Estado assumir permanentemente a defesa da floresta nacional, seja ela pública ou privada, fazendo tudo o que sejam boas práticas para que não arda mais, ou arda o menos possível; é que assim como está, já ficou mais que provado que não se resolve nada...
Amândio G. Martins
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