Ninguém pode esconder que existe um sério agravamento da situação social e económica em Portugal. É a perda de poder de compra das famílias, com os preços a não parar de aumentar, ao contrário de salários e pensões que não aumentam. É a grande subida das taxas de juro, da inflação, dos custos da energia, combustíveis e matérias-primas afectando famílias, o consumo e pequenas empresas.
A que podemos acrescentar recentes destaques da
imprensa: «salário mínimo vai perder poder de compra pela primeira vez desde
2013»; «filas de fome que num lugar ou outro vão aparecendo»; «esperança de
vida à nascença diminuiu em todas as regiões do País»; «rendas de casa
aumentaram mais de 40% em apenas cinco anos».
A origem no essencial são as consequências e
aproveitamento da guerra e sanções, com a especulação dos grupos económicos e
os seus lucros extraordinários, a que fecham os olhos a política de direita do
PS e o seu seguidismo em relação às imposições da União Europeia, acompanhado e
apoiado pela direita e extrema-direita (PSD, IL, Chega), por mais que disfarcem
com casos do marido da ministra ou da esposa do ministro.
Procurar alternativas e soluções para os
problemas dos trabalhadores, reformados e população mais carenciada implica
lutar para tal, apesar da poderosa campanha e ofensiva ideológica do
capitalismo na comunicação social dominante e redes sociais, que
permanentemente tentam vender gato por lebre e farsantes por pessoas sérias.
A manifestação do próximo dia 15 de Outubro
promovida pela CGTP-Intersindical Nacional, em Lisboa e no Porto, é uma acção
de luta necessária.