domingo, 25 de setembro de 2022

Crianças torturadas e violadas

 

Com o título acima, no habitual espaço reservado à direcção, Pedro Ivo de Carvalho escreve no JN de ontem o que passo a transcrever:

 

“Aqueles que, nos últimos sete meses, e graças a um admirável contorcionismo intelectual, foram encontrando justificações para a invasão russa da Ucrânia, indiferentes às barbaridades perpetradas pela máquina de guerra de Putin, certamente que ficaram cobertos de vergonha (havendo neles essa réstia de humildade) perante os dados revelados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Nenhuma guerra é justa, e todas se alimentam do sangue do inimigo, mas a lista de horrores atribuída aos soldados russos (muitos dos quais jovens) é reveladora da ideia de extermínio e erradicação social e cultural que sempre esteve subjacente a um conflito lançado por um autocrata que se tornou ainda mais perigoso agora que está ferido na honra e encurralado na estratégia.

Crianças violadas, torturadas e assassinadas. E, nalguns casos, com os familiares obrigados a ser testemunhas dessas enormidades. Execussões sumárias, espancamentos, choques elétricos e nudez forçada durante detenções ilegais. O rol é extenso e revelador de crimes de guerra. As provas recolhidas demonstram que as balas russas não fazem distinção entre militares e civis. As investigações em curso sugerem que podem ter sido cometidos pelo menos 30 mil crimes de guerra”.

 

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Mas é claro, digo eu, que os tais “contorcionistas” que o Director-adjunto do JN refere não se deixam levar por montagens da CIA, a que a Comunicação Social Dominante está sempre aberta; mas tais atoardas nunca poderiam ter aceitação nesse manancial de águas cristalinas que é o Avante, que só dá credibilidade ao que manar da pátria do Sol da Terra, ainda que agora lhes não brilhe tanto. E mesmo que fosse verdade o que propalam, qual seria o problema, se o que os corajosos soldados russos estão a fazer é limpar a Ucrânia de nazis, e a maneira mais segura de o fazer é começar logo pelos mais pequeninos, que seriam o futuro do nazismo ali...

 

Amândio G. Martins

 

 

2 comentários:

  1. Os contorcionistas de que nos fala o Pedro Ivo, não têm mesmo uma réstia de humildade, necessária para encarar a verdade. Principalmente quando um facto importante acolhe a opinião de uma grande maioria de pessoas. Abominam a simples hipótese de serem apontados como fazendo parte do povão; da ralé; do "rebanho". São especiais. São iluminados.

    O carniceiro é coerente. O apelido não engana...

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  2. Petrificados, Valdigem, ficaram petrificados lá bem atrás, quando as promessas de "amanhãs que cantariam" resultaram em tenebrosos roncos...

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