A FESTA DO AVANTE
A Festa do Avante tem duas fases. A construção, e a festa propriamente dita, os três dias.
Este ano, como se sabe, a campanha contra ela e contra o PCP, tem sido particularmente violenta, por causa da guerra na Ucrânia. Guerra que como Jerónimo de Sousa disse ontem no comício, o PCP condena desde o seu início. Portanto, desde há oito anos. E não apenas há seis meses, como faz a comunicação social dominante a mando dos seus donos e dos partidos que os representam.
Guerra dos EUA/UE/NATO, comandada pelos primeiros, para o confessado desgaste da Rússia e desejado futuro controlo.
Apesar da campanha referida, a primeira fase decorreu normalmente. Ou seja, como habitualmente, milhares de militantes e simpatizantes comunistas, dedicaram muito mais milhares de horas de trabalho gratuito, e aquela cidade efémera de três dias, ergueu-se, funcionou, e será desmontada.
A segunda fase também decorreu normalmente, incluindo a afluência. Um mar de gente. Para confirmação, basta ter-se lá ido.
Mas ainda em relação à afluência, há um momento marcante: o comício. Ao contrário do que acontecerá com diversas pessoas que assistem a concertos, ao teatro a outros espetáculos ou iniciativas, ao comício, ninguém irá, cremos, desde que não esteja motivado.
Pois bem, não sei o que é que as televisões mostraram e as rádios disseram, mas quem lá esteve, sabe que o vasto recinto e imediações estiveram à cunha. Uma imensa multidão. E com uma particularidade; muita gente jovem.
Creio que, uma surpresa para muita gente.
Conclusão, apesar do poderio, da influência, da grande maioria da comunicação social, o desejo de justiça, de mudança, desta sociedade injusta, desta guerra que aprofunda essa injustiça e que poderá ser tão perigosa, conta mais.
Conclusão, a Festa do Avante veio comprovar que o desejo de justiça e de paz, é um caudaloso e imparável rio correndo para o futuro.
Francisco Ramalho
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