AS COMEMORAÇÕES DO DIA D SEM A RÚSSIA
Quem não souber nada de história e ouvir falar agora nas comemorações do desembarque dos aliados na Normandia sem a presença da Rússia, que não foi convidada, pensará que este país, então União Soviética, não teve nada a ver com o maior conflito, até agora…, da história da humanidade. 50 milhões de mortos. Uma decisão que retrata bem a estatura dos líderes atuais da Europa e dos seus mentores do outro lado do Atlântico.
Dos 50 milhões de mortos, mais de metade, foram da então União Soviética. 80% das baixas infligidas aos alemães, foi obra do Exército Vermelho. Foi lá que se verificaram as maiores batalhas de sempre, como a de Leninegrado ou a de Kursk.
Com isto, estamos a desvalorizar a operação militar que ficou conhecida como o DIA D e que libertou a França? A minimizar os que lá perderam a vida? De maneira nenhuma! Honra e glória a todos os que tombaram na luta contra a besta nazi! Militares e civis da Resistência de todas as nacionalidades!
Agora quem está a desvalorizar e a faltar ao respeito pelo país que mais sofreu com a Segunda Guerra Mundial, mas também o mais decisivo pela derrota do nazi-fascismo, pela libertação da humanidade, foi a União Soviética, de novo Rússia, que não foi sequer convidada para estar presente na importante efeméride.
O DIA D, foi o golpe de misericórdia nas hordas hitlerianas. Mas antes, já as Forças Armadas Soviéticas, as tinham golpeado de morte.
Portanto, esta atitude inqualificável, está ao nível do seu comportamento perante o vergonhoso genocídio em curso na Palestina. Em que uns até apoiam, os EUA, e os outros, a UE, não condena como devia. Por isso, uns e outros, mais os primeiros, são coniventes com aqueles monstruosos e cobardes crimes. A última grande façanha, foi o bombardeamento de mais uma escola.
Os mesmos que omitem todos os antecedentes da guerra na Ucrânia, incluindo os 15 mil mortos russófonos no Donbass antes da intervenção russa. Os que a continuam a alimentar e intensificar com os potencias perigos para toda a Europa e não só. Ou os que aqui quase silenciam homens tão experientes, informados e contra a guerra, como os generais Raul Cunha, Carlos Branco, Agostinho Costa. Ou ainda, Carlos Matos Gomes, Viriato Soromenho Marques, Miguel Sousa Tavares, Alfredo Barroso (fundador do PS), entre outros.
A terminar, a propósito de Domingo, lembrar quem mais se bate contra a guerra, pela paz e por uma UE pacífica e bem mais dos interesses dos trabalhadores e dos povos, a CDU.
Francisco Ramalho
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