terça-feira, 11 de junho de 2024

O menos mau das eleiçoes

 

O melhor das nossas eleições para o Parlamento Europeu foi, na minha óptica, para além de a "Adireita" as não ter ganho, não se terem confirmado as expectativas dos neonazis, cujo cabeça de lista, que tinha dito que seria mau um resultado abaixo de 18%, só pôde comemorar cerca de metade, e que bom ver o líder com cara de tacho por saber que, daqui para a frente, embora diga o contrário, como lhe compete, vai ser sempre a descer até à insignificância; isto porque, para lá de há muito ter ultrapassado os limites da decência, esgota a cada dia que passa a paciência de quem o ouve.

 

Ao contrário de cá, em Espanha ganhou a Direita tradicional, pois o PP ficou 2 deputados acima do PSOE, o que não foi mau de todo para este partido, se for tido em conta que as luminárias do comentário político à direita lhe prognosticavam uma hecatombe, não por estar a governar mal, antes pelo contrário, por “rábia” de verem a Esquerda governar bem, com resultados positivos assinalados em todos os indicadores internacionais, razão por que o seu argumentário se tem centrado à volta das cedências de Sánchez aos independentistas catalães e na pretensa corrupção em negócios que envolverão a empresária Begoña Gomez, mulher do chefe do governo.

 

Aos neonazis de Vox surgiu nestas eleições um competidor ainda mais à sua direita, tendo conseguido três deputados; com a sigla “SALF-Se acabó la fiesta”, este novo partido tem como líder um sujeito de nome Luis Pérez Fernández, abreviado para Alvise Pérez, vários vezes condenado por injúrias e falsidades contra políticos de esquerda, sendo a base do seu argumentário a imigração, contra a qual exige a deportação massiva...

 

Amândio G. Martins

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