BOLERO DE RAVEL
Fui ontem ver o filme “Bolero”. Muito interessante! Baseia-se na criação da obra-prima de Maurice Ravel.
O Bolero de Ravel, uma das músicas mais conhecidas em todo o mundo, teve origem numa encomenda musical que a atriz e bailarina russa, Ida Rubinstein, fez ao compositor e pianista para um dos seus bailados.
Ravel, que já era famoso, porque não ligou muito e tinha mais solicitações, demorou a produzir a referida peça musical para a sua colega/ cliente, também com grande destaque na época. Quando a terminou, Ida Rubinstein, adorou-a e imaginou logo, ao som dela, um bailado carnal, erótico, inspirador de paixões.
No primeiro ensaio do ballet, Ravel ficou chocado e considerou o bailado mais próprio para um bordel. E não gostava muito mesmo, daquela sua obra musical. Ele imaginava-a mais como o ruído de uma fábrica. A revolução industrial estava no auge. Era o Progresso. E Ravel, estava com ele.
Ida e outros amigos do ramo, não concordavam.
O bailado estreou-se na Ópera de Paris (1928), foi um sucesso estrondoso. E depois, como se sabe, tornou-se universalmente conhecido e apreciado. Mas Ravel, só mais tarde, após a estreia, o seu bolero o satisfez plenamente.
O que acho mais interessante nisto tudo, é que este, é um exemplo de que os artistas, os criadores, sobretudo os geniais, o que foi o caso, são pessoas apaixonadas, excessivas, exigentes, e, sobretudo, autênticas. E são essas qualidades que as tornam diferentes e inspiradas para produzirem o que o comum dos mortais, não consegue.
Felizmente para quem é sensível à arte. Tenha ela a expressão que tiver.
Francisco Ramalho
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