terça-feira, 5 de agosto de 2014

EM CALÇÕES, NÃO!


O Primeiro Ministro Inglês encontra-se a passar férias no Algarve, pelo segundo ano consecutivo. Alguém tem a mais pequena dúvida, que se um banco inglês tivesse um buraco de 5 biliões de euros, ele interromperia as férias e faria na City ou na Câmara dos Comuns um esclarecimento público sobre a resolução do problema? Pois bem, o nosso PM, em férias também no Algarve, na Manta Rota, entendeu que não deveria interromper as férias para resolver a gravíssima questão do BES. Mais ainda, numa atitude de arrogância e displicência pelos accionistas e obrigacionistas do BES, ficou irritado por os jornalistas o "perseguirem" com perguntas e lá respondeu contrariado, em calções, quando caminhava para a praia. Já tinha presenciado muita coisa nestes 40 anos de "democracia", mas considero que esta insensata atitude é uma ofensa e desconsideração graves aos mais elementares direitos dos accionistas do BES, que perderam biliões de euros. Entre eles podem encontrar-se importantes instituições financeiras, como o Crédit Agricole de França, e milhares de pequenos accionistas que foram burlados, sim, repito, burlados, pelos repetidos anúncios que tudo estava bem no BES, aquando do recentíssimo aumento de capital em Junho. Passos Coelho deve desculpas a esses accionistas, independentemente do necessário apuramento de responsabilidades, pela leviandade de a Administração do BES ter sido mantida em funções muito para além do seu "prazo de validade".
OBS. Este artigo foi publicado na edição do "Público" de 6/8/14.
Foi publicado na edição do semanário SOL de 8/8/14.
Foi publicado na edição do Expresso de 9/8/14.

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