CHAMA-LHE FILHA, CHAMA-LHE…
Esta história das falhas do INEM que já provocaram mais de uma dezenas de mortes, dá pano para mangas. E é, evidentemente, pelas já graves consequências e não só, de uma tristeza completa.
O último episódio, Montenegro acusa o Governo anterior do alternante PS, de desvio de verbas do orçamento do INEM para outras funções. E Medina desmente. Faz lembrar aquele tão conhecido ditado popularucho e rasca; “Chama-lhe, filha, chama-lhe puta, antes que ela chame a ti!”
Diria que é difícil saber quem é que tem mais culpa no lamentável estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde onde o Instituto Nacional de Emergência Médica se insere. Mas não digo. Digo que tem ainda mais culpa por se reclamar de socialista e por ter mais tempo no Governo, o PS.
Mas a tristeza não se fica por aqui. O que já não era nada pouco! É a saúde e a vida dos portugueses que está em causa. Sobretudo, evidentemente, dos mais pobres. A esmagadora maioria, o povo. Ela torna-se ainda mais triste, a tristeza, passe o pleonasmo, porque é esse mesmo povo que sistematicamente coloca os alternantes no poder.
Como se não houvesse alternativa. Mas há! E se não houvesse, o povo que a criasse.
Sadismo? Não. Imbecilidade. Mas não sou eu que o diz! (Embora concorde) foi Guerra Junqueiro : “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio”.
Não se manterá atual?
Francisco Ramalho
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