ARTIFÍCIOS
Não tendo o dom da palavra inspirada
Garatujo sobre o que vejo e sinto
No desumanizado labirinto
Donde a decência se viu arredada.
Porque a tanta pobreza envergonhada
O que prometem tem sabor de absinto
Travo de fel na boca do faminto
Da gente que sempre é ludibriada.
Crendo que o povo tudo lhes consente
Para seguirem com a sua agenda
Atiram uns amendoins à gente;
Cabe-nos denunciar artifícios
E a aliciadora lengalenga
Que sempre termina em mais sacrifícios...
Amândio G. Martins
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