Ainda não consegui discernir a lógica que leva a ONU a realizar Cimeiras do Clima em países produtores de poluentes, mas alguma haverá; todavia, o que se tem verificado é que elas servem, no caso concreto, para dar palco àqueles países para poderem defender o seu negócio, como agora se verificou, com o presidente do país anfitrião a verberar a luta dos activistas por uma Terra mais limpa, defendendo que o gás e o petróleo são uma dádiva divina, devendo ser agradecida a Deus e não atacada.
Sabendo-se que os combustíveis fósseis representam o pão com manteiga da maioria das gentes daqueles países, é ingenuidade esperar que eles façam livremente seja o que for para a sua redução, a menos que houvesse no mundo vontade de lhes colocar à disposição as somas equivalentes ao que lhes rendem as explorações; assim, a solução que me parece mais racional é a que já vem sendo posta em prática, no desenvolvimento de energias limpas alternativas ao fóssil, que os vai obrigar a falar menos grosso e a repensar tudo, e eles, como sabem disso, irão aproveitar tudo quanto puderem...
Amândio G. Martins
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