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segunda-feira, 10 de julho de 2017
AFINAL, NÃO ESTAVA "ENCERRADO"...
A propósito do agora denominado "Galpgate", em que 3 Secretários de Estado
aceitaram viagens de favor para assistirem a jogos do Euro 2016, o PM António Costa
"decretou" várias vezes aos jornalistas que o caso estava "encerrado". O Governo até fez
aprovar (apressadamente) um código de conduta relativo a situações análogas. Passado
um ano inteiro, vimos agora que apenas porque (ainda) existe autonomia do Ministério
Público, este investigou o assunto e os membros do governo serão constituídos
arguidos, a seu pedido, numa inteligente jogada de antecipação. Penso que o PM falhou
completamente, em não ter tirado (na altura própria) consequências políticas dos
favores prestados pela Galp e aceites pelos governantes. Confesso que a apregoada
grande inteligência política de Costa, revelou-se uma completa desilusão. Mesmo que
não tenha havido dolo ou má intenção por parte dos favorecidos, a sua actuação foi
estúpida e gerou uma imediata descredibilização da sua autoridade moral e ética perante
a Galp e os eleitores. Esta empresa no entanto, deveria ser sancionada igualmente, pois
a sua conduta não foi nada inocente. Favores no valor de milhares de euros, não são
propriamante uma garrafa de vinho do Porto, que se oferece por vezes no Natal. E se a
Administração da Galp alegar que procedeu sem segundas intenções, então deveria ser
removida por incompetência. Mas ainda o pior desta miserável e indigna situação, foi o
facto de os governantes descredibilizados não terem tido a inciativa e a coragem de
assumirem o seu erro político na altura própria, deixando arrastar esta situação até que o
MP os forçasse à demissão, que só peca por tardia. E o facto de a opinião pública e
publicada, incluindo os partidos políticos, terem deixado esquecer completamente este
escândalo, é mais uma preocupação pela saúde da "democracia" do nosso País...
OBS. Publicado no EXPRESSO na sua edição de 15/7/17.
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