Existe apenas um conceito de populismo,
ou existem populismos?
Ou, ainda, o populismo é elástico,
concebido à medida de cada populista?
Então, depreende-se que o populista, em
si mesmo, exprime sentimentos recalcados de perda e de exclusão, pelo que
procura refúgio nos valores mais arcaicos, não conducentes com práticas sociais
democraticamente aceites.
Assim, o racismo, o chauvinismo, o ‘ciganismo’,
a xenofobia, bem como outros ismos ou fobias, são instrumentos de
arregimentação e manipulação deliberadas de tais distorcidos sentimentos socioculturais.
Então, a fim de se ultrapassar tais
situações de exclusão social, a Lei deve ser aplicada a todos os cidadãos sem
qualquer excepção, pelo que, se alguém infringir o estabelecido, seja
responsabilizado pelo seu infractor acto, independente da cor, da profissão,
credo, ou de outros motivos de excepção, estando, pois, em plena igualdade com
todos os concidadãos em direitos e obrigações.
E, em boa verdade se diga, que são as
políticas de direita que estão mais permissíveis e aliadas dos populismos, pese
embora que sectores mais conservadores digam que também a ‘esquerda caviar’
entra em tais práticas populistas.
Vejamos, por exemplo, se o racismo
primário do candidato a autarca de Loures não se equiparará a uma espécie
saloia do trumpismo, ou de um modo de estar NÃO politicamente correcto, mas que
muitos políticos da nossa praça isso pensam, comungam, mas não dizem.
nota - texto publicado quase na íntegra pelo PÚBLICO de 29/7
nota - texto publicado quase na íntegra pelo PÚBLICO de 29/7
José Amaral
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