quinta-feira, 27 de julho de 2017

Respostas





Neste momento, é indiferente a consolidação orçamental, o défice, a dívida pública impagável; os gestores da caixa pagos a peso de ouro cuja gestão de topo é instituírem despesas e custos das contas dos seus clientes, para fazerem mais valias e apresentarem ao fim do ano rácios bonitos nas folhas de excel;  a saúde a ser delapidada; a educação que não anula uma prova de Português, que meio Portugal soube pelas redes sociais, menos eles que não têm filhos, ou não lhes ligam nenhuma; o banqueiro a que ainda dão tempo de antena; o outro que nunca mais o agarram; os outros que todos sabemos quem são e ainda andam por aí, soltos, alguns até a recandidatarem-se; o preço da electricidade que é um roubo à mão armada; a fidelização das comunicações que pelos vistos não pagam para anular as falhas de rede nos momentos, tantos, críticos; a oposição desavergonhada, culpadíssima, no jogo baixo da demagogia mais rasteira; os da geringonça, agora sim o nome a poder sido em toda a sua propriedade, também demagogos, caóticos, frouxos; o presidente a ocupar espaço, a ganhar poder, a meter-se demasiado, e todos a deixarem.
Neste momento, o que faz mesmo falta é alguém que pense bem, que resolva em vez de atirar piropos, ou de assobiar para o lado; que não vá de férias enquanto as coisas não estiverem nos eixos; que responda com respostas entendíveis e objectivas às perguntas que lhe fazem; que distribua de uma vez por todas e mostre a lista, os dinheiros e os bens que a comunidade ofereceu em solidariedade; que seja um verdadeiro líder, independentemente dos votos que venha a perder ou a ganhar pelas decisões que deve tomar, e mesmo que difíceis, têm de ser tomadas, e que os tenha no devido sítio, e que o mostre.
Queremos alguém em quem confiar, e se não houver quem demonstre e dê as respostas às questões que estão em cima do tabuleiro, então, não há mesmo ninguém confiável.
A dizermos isto, a chamar por alguém, e só se ouve o eco do nosso chamamento, até que se deixa de ouvir, e nenhuma resposta acontece.

3 comentários:

  1. De acordo com todos os seus considerandos mas o fim... à procura do "ser providencial"?! Ainda por cima de "tomate musculado". Desconfio sempre dessa solução.
    Como o pediu, respondi... ao texto que não ao apelo. Gosto de o ler, acredite!

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  2. Não quis essa intenção , mas agora que o refere concordo que pode dar essa leitura. foi um desabafo de cansaço, desilusão, uma quase vontade de ir a banhos definitivamente e deixar as preocupações para os outros, o que seria uma cobardia eu sei, mas que tantas vezes apetece.
    Um abraço e obrigado pela opinião.

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  3. Caro companheiro das 'respostas' que não terá. Por onde tem andado? Em que mundo vive? É que a desgraça colectiva a todos nos vai ensandecendo. E, vai daí, tudo é e será possível, para bem ou mal de todos nós.
    Um sincero abraço

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