Com a recente e infeliz turbulência nas Forças Armadas, o
SMO voltou à ribalta. Nos anos noventa, os “meninos” de algumas juventudes
partidárias renderam-se às delícias da preguiça e do sucesso fácil e sem
esforço, muito em voga naquela época de yuppies,
influenciando o fim daquele serviço, essa “chatice”. Mais tarde, os mesmos
meninos, já mais crescidos, foram confrontados com a crise financeira e com a
onda dos “cortes inevitáveis”. Ora, se não estávamos em guerra, para quê gastar
dinheiro em exércitos? Tanto mais que, para eles, investimentos sem retorno
garantido são desperdício, e pagar salários à “carne para canhão” é perdulário,
o mesmo não se podendo dizer dos do generalato. Tudo isto serviu às mil
maravilhas para reforçar o desígnio (neo)clássico de imunizar as Forças Armadas
a qualquer emanação popular, tornando-as uma guarda tendencialmente pretoriana,
qual empresa privada altamente profissionalizada e armada que, em caso de
“sarrafusca”, sabe bem que lado é que há-de defender.
Público - 23.07.2017
Público - 23.07.2017
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