segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 

Público Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2021 (Augusto Küttner de Magalhães)

Tempos de não maldizer. Será possível?

 Não se esperava acontecer uma pandemia de tal forma forte e duradora como “nos” está a acontecer com a covid-19.

Nos filmes é sempre mais fácil, mais distante.

 Hoje, é muito difícil e ao vivo aqui connosco saber o que fazer. Tudo o que teoricamente todos conseguem resolver, na prática é um montão de dificuldades.

De hesitações, de consequências na saúde das pessoas, no elevado número de mortos, e consequentemente numa paragem forçada de tudo a que estávamos habitados.

E, por certo, quem tem responsabilidades efectivas em cada país está mais adaptado para tempos menos complicados.

E entretanto quem está de fora, critica, diz mal, sempre mal, e tenta ganhar espaço para suceder ao “afogamento do outro”, do que, bem ou menos bem, dá a cara no momento problemático.

E os maldizentes, constantes, permanentes, deveriam conseguir ter mais imaginação, mais agenda própria, menos, unicamente, seguirem a onda do maldizer. Deve ser difícil, deve ser quase impossível saber estar uns minutos sem dizer, ou escrever, negativamente.

Mas deve ser possível pensar, se estivessem no lugar do outro, o que tão bem fariam? Sempre?

Augusto Küttner de Magalhães, Porto

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