Li, no PÚBLICO de domingo, em palavras de Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular, que, “com a covid-19, tem existido um exagero absoluto de atenção sobre a vacina”, a que acrescentou “a obsessão com a vacina em detrimento dos medicamentos e dos meios de diagnóstico”. Sabemos que a vacina vai salvar muita gente, que o confinamento salvou também muitos outros. Mas o medicamento certo, que há-de aparecer, não teria tido efeito equivalente? E não teria, por via indirecta, salvado muitos dos que, em clima de “histeria covid”, ficaram para trás nos tratamentos de que precisaram nesta longa noite de pesadelo?
Li, e pus-me a sonhar com um mundo em que os confinamentos se decretassem de forma prudentemente cirúrgica, acautelando os mais vulneráveis, e molestando a economia pelo imprescindível. O confinamento cego não cura e nada resolve, excepto - conceda-se que não é pouco! - a rápida disseminação do vírus, para a qual os serviços de saúde não estavam preparados. Mas se a indústria farmacêutica, empoleirada nos copiosos dinheiros públicos, conseguiu chegar em poucos meses à vacina, não lhe seria possível ter chegado, porventura mais rapidamente ainda, à mezinha adequada a atalhar a doença? Isso teria levado, também, ao alívio dos hospitais.
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