ALERTAS, APELOS E ELEIÇÕES
Dirigindo-se à 76ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, António Guterres, secretário-geral, alertou; cada dia que passa, não se tomando medidas importantes para se conter e reverter as alterações climáticas e a poluição, a humanidade continua a resvalar para o abismo. E, dirigindo-se às grandes potências , nomeadamente à China e aos EUA, apelou ao entendimento no sentido de se caminhar para a redução e extinção das armas nucleares, condição essencial para a paz.
O PR, Marcelo, Também naquele mais importante fórum mundial, secundou esse apelo.
Mas, os combustíveis fósseis, tardam em ser substituídos por outros menos ou totalmente não poluentes, florestas continuam a ser dizimadas, explorações agrícolas de produção intensiva e super-intensiva, aumentam. Ou seja, a sede de lucro, o capitalismo, fala mais alto.
Em relação ao entendimento para a redução do armamento, convencional e atómico, estamos conversados.
Os EUA, com o senhor Biden ao leme em quem os ingénuos depositavam tanta esperança, não satisfeito com a NATO, à revelia de outros seus aliados, veja-se a reação, nomeadamente da França, Alemanha e Nova Zelândia, com o Reino Unido e a Austrália, cria, salvo seja, outra “NATO”. A AUKUS. Sigla em inglês, para definir Austrália, United Kingdom e United States.
Para quê?Para já, para os líderes, os EUA, passando a perna à França que já tinha apalavrada a venda de submarinos à Austrália, serem agora eles, a fornecê-los. Mas, de propulsão nuclear! E disporem de mais bases militares em solo australiano. Tudo isto, evidentemente, para ameaçar a China, que já reagiu: “ prejudica de forma grave a paz e estabilidade regionais, intensifica a corrida ao armamento e compromete os esforços internacionais sobre a não-proliferação nuclear”.
Portanto, como habitualmente, com o imperialismo norte-americano à cabeça, fazendo ouvidos moucos aos apelos até do secretário-geral da ONU, a corrida aos armamentos intensifica-se e a paz mundial, fica ainda mais em perigo.
Uma vez que estamos em maré de apelos, face à crescente falta de civismo, apelamos aos autarcas agora eleitos ou reeleitos, que estejam mais atentos à limpeza urbana. Nomeadamente, às margens e imediações de valas, ribeiros, outros cursos de água, praias, etc.
Principalmente plásticos irresponsavelmente para lá atirados, irão juntar-se aos milhões de toneladas que já se encontram no mar. Apelo idêntico, também ao Governo. E que ordene, à televisão e rádio públicas, campanhas de sensibilização. Basta reduzirem um pouco concursos simplórios, telenovelas e futebol.
É a vida no planeta, a sobrevivência das espécies, incluindo a nossa, que está em causa.
Mais especificamente em relação às eleições, como diria o Herman através do diácono Remédios, não havia necessidade! Mais uma hora as urnas abertas para massacrar os milhares que as asseguraram, e depois terem de apurar o resultado, para os três órgãos, sobretudo nas maiores freguesias, até às “quinhentas”.
Voltaremos ao assunto.
Francisco Ramalho
Publicado hoje no jornal "O Setubalense"
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