Jornal de Notícias. 23.06.2023. Antes um cão que um velho. AUGUSTO KÜTTNER
Nada que seja de admirar, quando cada vez há mais pessoas velhos e a cada dia somos totalmente descartáveis.
A partir dos 70, estamos a mais.
Quem isto escreve, já teve uma troca de emails com alguém minimamente conhecido , cá no país, que escreveu que reformados/ grisalhos, estão a gastar dinheiro ao Estado, sem nada produzirmos.
A pergunta foi , e os " seus país?", que ficou sem resposta.
Independentemente de já termos tido um tempo suficiente de trabalho, que nos deu direito a ter uma reforma.
Tivemos a nítida noção que os velhos que estão em lares, só são visitados pelos familiares pontualmente,
Sabe-se que há velhos que ocupam camas de hospital sem necessitar, por não haver em casa quem os trate, mesmo pagando, ou lares suficientes, para os velhos existentes.
Sabemos, se avós formos, que muita gente em locais públicos tem mais consideração por cães, que por crianças.
E não admira, quando se está num passeio, e uma jovem vem com um cão, com a trela esticada, cheira e cheira a pessoa, pede-se para encolher a trela, a reacção imediata é " o cão não faz mal,”.
E quando se diz que não se quer que o cão nos ande a cheirar , a resposta é " não dá para entender, mas mais vale um cão, que um velho".
E quando se pergunta " então estamos a mais? ", a resposta pronta é " claro"!
AUGUSTO KÜTTNER
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