sexta-feira, 23 de junho de 2023

Será racismo?


Qualquer guerra é fonte inesgotável de sofrimento e de vítimas. De forma natural, os países não atingidos directamente organizam meritórios esforços com vista ao acolhimento e ajuda aos refugiados que, no caso da Ucrânia, são aos milhões. É o que acontece com a UE, que, ao primeiro sinal de alarme, de forma solidária, abriu as portas e as bolsas a todos os ucranianos que tentaram fugir ao inferno da guerra que lhes foi trazida, em primeira análise, pela invasão russa.

À profunda satisfação de constatar a prontidão e solidariedade com que a UE tratou os refugiados ucranianos, não se pode deixar de juntar a frustração por não se ter visto idêntico tratamento proporcionado a sírios, afegãos e tantos outros espoliados da paz. 

Pior de tudo é constatar a diferença de tratamentos que a mesmíssima UE atribui, ainda hoje, aos refugiados que a buscam em socorro. Enquanto africanos e asiáticos dormem ao relento nas capitais europeias, durante meses ou mesmo anos, ouvindo sempre as mesmas promessas e mentiras, os ucranianos atingidos vêem braços e corredores abertos para os receberem. Porquê?     


Público - 25.06.2023

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