quinta-feira, 6 de julho de 2023

A crendice no Pai Natal


O campo da ironia não é para todos. Felizmente, João Miguel Tavares (J.M.T.) é um daqueles predestinados que conseguem lavrá-lo com galhardia. Como diria o presidente Marcelo, não me ofende quem quer, de modo que, como membro assumido do Grupo Coral das Indignações Fáceis de Esquerda, não me senti enxovalhado na sua crónica de terça-feira*. Saúdo até o martelar de J.M.T. na tecla da exaltação do “maldoso Passos Coelho” e das políticas que este, sibilinamente, aplicou. Alguém acredita que o ex-primeiro ministro e os ideólogos que venera “desejam  o empobrecimento dos pobres e o enriquecimento dos ricos”? Só mesmo alguma “bruxa má”...

Estou de acordo com J.M.T. quando afirma que “Lagarde nunca defendeu o abandono dos mais vulneráveis à sua sorte”. De facto, às vezes, parece que o que ela quer mesmo é empurrá-los para essa (má) sorte, e é de louvar o seu desprendimento pessoal em prol do bem comum. Diz-se que, por solidariedade, ela tenciona recusar qualquer aumento salarial e, diz-se também, que vai exigir um corte no mesmo. Você acredita, J.M.T.?


* No PÚBLICO.


Público - 09.07.2023

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