Os doutrina liberal, que tem por cá muitos “catecúmenos”, diaboliza tudo que seja gestão pública, pela incompetência, métodos ultrapassados, albergue para filiados nos partidos que governam, malversação de dinheiros públicos e corrupção, dizem eles, malfeitorias de que os privados estão isentos, tudo gente muito séria e competente, completamente incapaz de lesar o Estado e a sociedade em geral; todavia, o que toda a gente vê com muita frequência, é que é exactamente nos privados que são engendradas as maiores falcatruas, desde logo como corruptores do sector público, na tentativa de conseguir os melhores contratos.
Ocorre-me aquele génio fundador do BPP, que deu ao “seu” banco o nome de “privado”, forma capciosa de atraír incautos endinheirados, quando privados, descontando a Caixa, serão todos os bancos que por cá operam; e o que vem sendo revelado acerca da gestão da Altice é só mais um exemplo do que pode acontecer quando o Estado entrega as suas grandes companhias de interesse público à gestão privada, sem acautelar nessas empresas um lugar de controlo do que vai acontecendo...
Amândio G. Martins
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