Quem dele fala é Maria João Marques (M.J.M.) na crónica “O PSOE quer sequestrar a democracia”, no PÚBLICO do dia 26, provavelmente porque entende que os socialistas espanhóis não deverão ser governo, a menos que servindo de “muleta” (in)útil ao PP, este sim, ungido como partido mais votado. Podemos compreender a frustração da cronista, mas a verdade é que, nestas coisas da democracia, que não se deixa atingir sem mais nem menos pelo “mau nome”, o que conta mesmo são as “contas de mercearia” que calculam o número dos deputados para formação de maiorias. Talvez M.J.M. ansiasse por um bónus de deputados à maneira grega, isto sim, ao arrepio da democraticidade.
Em minha opinião, M.J.M. incorre num erro que a muitos convém “martelar” à exaustão, o de que os extremos partidários são iguais, situem-se à direita ou à esquerda. Vale a pena “contramartelar” a ideia de que, em Portugal, a extrema-direita é percebida como uma ameaça à democracia, e que a extrema-esquerda “não mete medo a ninguém”. É o que sugerem as conclusões de um estudo realizado em Junho por dois centros de investigação da Universidade Católica.
Público - 28.07.2023
NOTA: O estudo que refiro, intitulado “Estudo sobre sondagens de comportamento de voto”, da autoria de André Azevedo Alves, João H. C. António e Ricardo F. Reis, foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para o CIEP–Universidade Católica Portuguesa.
Ouvi ontem Ivan Espinosa de los Monteros, da direcção de Vox, esta coisa edificante, que define aquilo de que são capazes: "Se o PP conseguir atraír para o seu lado um número suficiente de deputados socialistas "bons", estamos dispostos a deixar passar esse governo no Congresso". Este processo não é novo nas direitas. Já o fizeram há anos na Comunidade de Madrid, que pôs Esperanza Aguirre na presidência, por compra do deputado socialista Tamayo, no que ficou conhecido como "Tamayaso"...
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