Os que pretendem a continuação de Pedro Sánchez no Governo de Espanha ficaram bastante desiludidos com o seu desempenho no debate cara a cara com Feijóo, que lançou para a mesa todo o tipo de mentiras, enredando o socialista ao ponto de se mostrar nervoso perante um galego manhoso, que tem no seu historial quatro maiorias na Galiza e vinha tão empolgado pela vitória relativa que teve nas eleiçoes de maio que, surpreendentemente, conseguiu levar Sánchez por onde quis, gastando o tempo a discutir tudo menos o que interessaria num acto destes, como os resultados conseguidos pelo actual Governo num período bem complicado, chegando ao desplante de acusar o primeiro-ministro de ter endividado Espanha, ele que fez triplicar a dívida na Galiza.
Feijóo leva toda a campanha a querer “encurralar” Sánchez com o passado terrorista da ETA - como se esta organização não tivesse sido extinta e o partido que os seus seguidores constituíram, EhBildu, não fosse legal - e com os independentistas catalães, acusando-o de falta de respeito com as vítimas do terrorismo, e de pactuar com a luta catalã para romper a unidade de Espanha, por este ter apaziguado o ambiente político na Catalunha e contado com os votos de uns e outros para fazer passar muitas leis no Congresso, sem que tivesse metido no Governo qualquer elemento dessas facções.
Mas como o embuste permanente no combate contra a Esquerda lhes parece dar resultado, nem hesitam em usar o nome do célebre etarra Xabier Garcia Gaztelu, nome de guerra Txapote, que cumpre pena por múltiplos assassinatos, em cartazes nos comícios, e a circular por todo o lado colados em Furgões, a que juntam a cara de figuras conhecidas do PSOE e a legenda “Que os vote Txapote”...
Amândio G. Martins
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