Dum poeta meu conterrâneo e homónimo, inesperadamente falecido, deixo abaixo um dos poemas do seu livro “Poemas da Emigração”.
QUANTAS VEZES...
Quantas vezes
sentiste
poeta
como era inútil
a poesia
e quantas vezes
ela veio
pelos olhos da chuva
e do mar
e da corrente de um rio
sossegar de verdade
a tua solidão?
(ai o amor que
deves
à suprema poesia)
quantas vezes
poeta
veio espreitar teu quarto
(cheia de luz)
só para saber
se dormias
na noite mais antiga
Transcrito por Amândio G. Martins
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