quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

À roda do mafarrico


No seu estilo habitual, Maria João Marques (M.J.M.) brindou-nos com um texto “diabólico”, no passado dia 10. Dá para confirmar (está lá tudo) o que já muitos adivinham sobre o teor das campanhas eleitorais por parte das direitas. Foi-lhes fácil encontrar o fio condutor que, desta vez, dispensa os protagonistas de anunciarem aos eleitores os respectivos programas de trabalho. Ao que parece, e pelo menos até ver, a mensagem resume-se a apontar o dedo aos “erros” do PS, detentor do poder executivo nos últimos anos. É certo que M.J.M., em alguns dos exemplos que apresenta, até tem razão, embora eu suspeite que a “coisa” ainda estaria ainda pior se tivéssemos sido governados pelos seus mentores. Ademais, estou certo de que M.J.M., na sua lição sobre como deve ser o debate entre os políticos, não se deu conta de que os pecadilhos que atribuiu ao PS são corriqueiros nas intervenções das direitas.

Mas se o problema para M.J.M. é o uso do “diabo” no despique, fácil será, ao PS e outros, adoptarem símbolo alternativo àquele que, “por acaso”, até foi inventado por Passos Coelho. Proponho “mafarrico”, soa bem.


Público - 12.01.2024

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