domingo, 21 de janeiro de 2024

Poucas e mal protegidas

 

Pelo que ao longo do tempo fui percebendo, não abundam os exemplos de sucesso de pessoas que tivessem crescido “institucionalizadas”, não só por não terem adquirido as competências básicas para a vida, mas também por tudo que as marcou para sempre de forma indelével; havendo informação que nos apresenta como o país da Europa com mais crianças sem família natural que as proteja - e o pior em 42 países - e sendo a adopção um burocratizado e triste remedeio, entende-se mal que os institutos a que são confiadas gozem de tão má reputação.

 

De facto, sendo a baixa natalidade um dos graves problemas do nosso país, apenas minorado pelos filhos de imigrantes que cá vão nascendo, que pode dar para iludir os números, mas não vai resolver a questão de fundo, fica difícil aceitar que ainda haja tantas crianças mal protegidas, criadas em ambiente de fraca reputação, como são as casas do Estado a isso reservadas, quando lhes deveria ser proporcionado, mesmo aí, um seio familiar o mais possível livre de carências...

 

Amândio G. Martins

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