Quando em Espanha começaram a surgir novos partidos para desafiar a hegemonia dos dois grandes, supostamente com novas ideias, dois deles cresceram imediatamente de forma preocupante para PP e PSOE, que foram “Ciudadanos”, de Albert Rivera, e “Unidas Podemos”, de Pablo Iglésias, descendente daquele outro Pablo Iglésias fundador dos socialistas; todavia, bem depressa as lutas internas pelo poder os foram enfraquecendo, e as discordâncias com as lideranças levaram os melhores quadros a ir cantar para outra freguesia, de tal forma que o primeiro já desapareceu completamente, e o segundo está reduzido a cinco deputados no Congresso e que, lá tendo acedido na plataforma SUMAR, de Yolanda Diaz, decidiram agora correr por conta própria, de propósito para fazer à própria Yolanda a vida amarga.
Mandando às malvas os interesses dos mais necessitados, acabaram de chumbar, ao lado de Vox e PP, leis importantes para a melhoria da vida da gente desempregada e outros, usando pretextos tão ridículos que nenhum comentador ficou com dúvida de que se tratou de pura vingança contra Yolanda Diaz, por esta ter afastado, aquando das negociações para “Podemos” concorrer na sua plataforma, qualquer hipótese de Irene Montero entrar nas listas para deputados, tais os problemas que tinha criado ao governo quando exerceu o cargo de ministra da Igualdade.
Parece que as poucas cabeças pensantes, ou cabeças pouco pensantes, de que ”Podemos” ainda dispõe estão convencidas de recuperar a perdida posição, numa próxima disputa eleitoral, para o que tentarão fazer caír o governo de coligação PSOE/SUMAR, por meras questões de foro pessoal, só porque não foram nela incluídos, destapando por completo a falta do tal “sentido de Estado”...
Amândio G. Martins
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