Num sinal de fraqueza, o PSD foi desenterrar a
AD para se apresentar aos eleitores em 10 de Março, estendendo uma bóia
salvadora ao CDS, a naufragar no mar encapelado da direita, e reabilitando o desaparecido
PPM.
A acrescentar a algumas conturbadas escolhas de
candidatos a deputados no PSD, ao bom posicionamento obtido por representantes
do CDS, junta-se a mordaça imposta ao fado do PPM para esconder ideias e opções
mais retrógradas e conservadoras da direita.
A política de direita praticada desde sempre
pelo PS, com excepção dos 4 anos da geringonça, defraudou e desiludiu muitos
portugueses, não contribuiu para aumentar a formação, a consciência cívica e de
cidadania, incentivou o crescimento da abstenção, e ajudou a criar condições
para o poder econômico fazer surgir mais formações partidárias de direita, com
discurso e prática mais extremista, para tentar enganar e reforçar o contínuo
ataque às conquistas e objectivos duma sociedade melhor e mais justa que o 25
de Abril de 1974 nos abriu e prometeu.
A AD do século XX não deixou saudades. E a sua
nova versão do século XXI só pode merecer repúdio, porque com eventual nova
roupagem, pretende prosseguir a política de direita das últimas décadas, que
está na origem da degradação dos serviços públicos (saúde, educação, justiça,
etc.), de mais pobreza e injustiça social.
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