quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Estarão mesmo a salvo?


Numa curta notícia do JN dizia-se que os esquilos estão a salvo.
“Estiveram extintos, reapareceram em 1980 no Minho e, segundo biólogos da Universidade de Aveiro, estão fora de perigo. Esta semana soube-se que, desde 2013, houve 1800 avistamentos da espécie, que está a crescer em Portugal, alguns a sul do Tejo”.

Infelizmente, na parcela do Minho em que resido, área de Ponte de Lima, não tenho boas notícias para dar da preservação destes simpáticos bichinhos. De facto, se há cerca de vinte anos os esquilos me entravam pelo quintal e arrecadações com enorme à vontade, e no percurso de 8 Km que faço na E-307, até à sede do Concelho, os via em vários pontos do monte da Madalena, há já muito tempo que não avisto nenhum!

E em todas as conversas que a respeito tenho tido, é-me sempre dada a mesma razão para o seu desaparecimento: os caçadores não os podem ver; abatem-nos pura e simplesmente, com o argumento de que lhes dizimam a caça...

Desconheço por completo que estes animais se alimentem de qualquer tipo de caça; sempre os vi roer pinhas, nozes e castanhas, que procuravam até já guardadas nas arrecadações.

Em face do que observo, e como vejo os caçadores do nosso tempo como uma casta exibicionista e predadora da Natureza, ao contrário do que pretendem fazer crer – vide o caso da rola e do pombo bravos – parece-me importante que os vigilantes da natureza verifiquem, e informem quem devem, se é mesmo verdade que são responsáveis por mais este crime ecológico...



Amândio G. Martins

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