domingo, 16 de julho de 2017

VIVAM AS OVELHAS NEGRAS!



Há muito, com a lotação completamente esgotada, terminou a noite passada em Lisboa mais um festival de música. Foi o da capital, como poderia ser qualquer outro dos muitos que se realizam um pouco por todo o país. Os preços variaram entre 55 euros (1 dia) e 150 (passe de 3 dias). Preços que não devem variar muito em relação a todos os outros. Como se sabe, a esmagadora maioria dos artistas são estrangeiros e cantam em inglês. A propósito, lembrar que temos um idioma. Uma língua própria. E que não é falada apenas por meia dúzia de gatos pingados. São 300 milhões.
Ou seja, somos auto-colonizados culturalmente. E ainda o seremos mais com a televisão controlada pela multinacional Altice.
O “rebanho” aceita docilmente esta indignidade. Como já as “ovelhas” mais jovens e não só, vestem praticamente só marcas estrangeiras e ingerem comida de plástico também vinda do principal império colonizador.
Estrangeiras, são também já as principais empresas.
E o patriotismo? Bem,esse, como também é sabido, aplica-se apenas ao futebol. À seleção do dito.
Mas, felizmente, o “rebanho” não é todo da mesma cor. Há uma minoria de ovelhas negras insubmissas. E, como é dos livros, são sempre as minorias o catalisador da mudança. É imperioso que consigam transformar a maioria na sua cor.
Portanto, em nome da dignidade e da justiça, vivam as ovelhas negras!
Francisco Ramalho
Corroios, 16 de Julho de 2017


8 comentários:

  1. A frase "é imperioso que ( as ditas ovelhas, presumo) consigam transformar a maioria na sua cor"... é "todo um programa ideológico".

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  2. É o que está a dar! É só bombar! E depois, o povo, diz que vive mal. Isto tudo não bate bem.

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  3. Sim Fernando, refiro-me efectivamente às ovelhas negras. Você chama-lhe programa ideológico, eu chamo-lhe insubmissão. Ou esclarecimento. Como queira.

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    1. Não responderia se, no seu comentário, não estivesse a palavra "esclarecimento". Assim aqui fica: quem esclarece quem? Presunção e água benta...

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  4. Bom dia!
    A imagem que o Fernando tenta fazer passar de mim aqui junto dos leitores do Voz, é a de um façanhudo e ortodoxo marxista-Leninista, de "O Capital"na mão, a tentar dar a volta a toda a gente. Mas, sinceramente, não me sinto perseguido, porque o nosso persistente companheiro de escritas, faz isso no geral,tentando controlar todo o "rebanho".Principalmente as "ovelhas" que dele discordem. Portanto, a quem assentará melhor essa da presunção? Já sei que é a mim, evidentemente! O Fernando já alguma vez deu o braço a torcer?
    Mas continue, porque a sua cartilha, até nem me desagrada. Já uma vez aqui disse; perante isto, quem nos dera a social-democracia. E, até já!...

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  5. Nunca tento passar a imagem de ninguém pois essa é o próprio que a passa. E o Francisco até já tem um de mim, e bem acentuada. Quando será que, no blogue, deixarão alguns (como foi o seu caso de hoje) de confundir discussão e/ou crítica com outras coisas?
    Queria dizer-lhe quatro coisas: não o acho nada façanhudo; suponho que é comunista, filiado ou não ( o que não o valoriza nem desqualifica); não tenho cartilha alguma mas sim ideologia ( que todos sabem qual é); quanto ao "braço a torcer" ( usando a sua linguagem),leia as coisa que aqui escrevi e "controlador", que lhe hei-de dizer? Não desqualifique os nossos companheiros que aqui escrevem.

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  6. Limitei-me voltar a responder no mesmo tom, e com palavras que o Fernando já tinha usado. Em relação ao termo cartilha, com certeza reparou, Fernando, que não tinha o mínimo sentido pejorativo. Antes pelo contrário.

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    1. Talvez para si "cartilha" não seja depreciativo mas para mim é. E, como estamos a discutir com isso no meio, não quererá dizer-nos se é comunista ou não? De mim já sabe mas eu não sei de si pela certa e isso coloca-me em desvantagem, o que você não desejará, tenho a certeza.

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