segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Precariedade gera insanidade e insegurança

 

 Se a corrupção é uma violação dos Direitos Humanos, a prolongada precariedade também é uma violação do direito ao trabalho digno consagrado na nossa Constituição. Ninguém pode ser livre com a canga da precariedade às costas durante anos... muitos empresários, neste caso, do turismo gritam que não têm trabalhadores. Homessa!, continua a haver basta emigração que procura fora melhor salário que não tem em Portugal. A falta de trabalhadores é directamente proporcional à manifesta escassez remuneratória. A precariedade, além de ser autêntica sobre expoloração é uma enquistada doença social, económica e cultural. As famílias são duramente atingidas pela imprevisibilidade desta continuada chaga laboral. Esta malquista situação, sei do que falo, já que fui precário, num posto de trabalho permanente onde passaram, anteriormente, vários companheiros de trabalho uns atrás dos outros, anos a fio. Foi uma dor de alma sentir que os meus filhos poderiam não ter pão na mesa... 

Sabemos que as leis do trabalho estão, ainda, todas do lado patronal e, quando o governo quer uma agenda para o trabalho digno, dizendo que se preocupa com os impactos da precariedade, só tem de objectivar o seu foco na promoção/protecção no emprego.
Precariedade é igual a insanidade e insegurança!

Vítor Colaço Santos 

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