quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

AINDA AS GÉMEAS

Eu, se fosse pai das gémeas, movia o céu e a terra. E foi o que fez. E o céu chamava-se Rebelo de Sousa. Nuno, Marcelo ou Baltazar, mas sobretudo Rebelo de Sousa. Uma dinastia sempre na crista da onda, qualquer que seja a república. Mas até aqui tudo bem, afinal temos por cá mais “fidalgos” destes. Um dia, perorava Rebelo de Sousa, o Marcelo, acerca da igualdade de oportunidades republicana, quando teve a honestidade de reconhecer que estaria um passo à frente da maioria por ser quem era. Gostei. E estou disponível para acreditar em tudo o que justificou até agora. A sua “culpa” foi não ter contado com aquele passo que reconheceu estar a frente dos outros, reforçado por ser o Presidente da República vigente. E isso explica a obtenção relâmpago da necessária cidadania, entre outras facilidades, nomeadamente quatro milhões dos contribuintes. Mas, se não lhe pesa a consciência,  tem pelo menos a obrigação de velar para que a culpa não morra solteira. Este assunto tem que ficar esclarecido. Eu e o resto dos portugueses ficamos na expectativa.

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