PÚBLICO 26.12.2023
Todas e todos ao volante, fora ou dentro das localidades, podemos, se quisermos, se acharmos bem, se for a nossa forma de ser e estar, na condução automóvel, infringir todo o ano, excepto no Natal.
As operações das autoridades, mormente GNR e PSP, “apanham”, só no Natal, dado só nessa festividade estarem ao “controlo em pleno”, imensos condutores a conduzir alcoolizados, outros ao telemóvel, uns bastantes a conduzir sem carta de condução, mais sem seguro automóvel, mais ainda em forte excesso de velocidade.
Isto só acontece no Natal?
Ou na realidade acontece todos, todos os dias?
Daí estarmos em contínuo a ter cada vez mais acidentes de viação, mais mortes, mais feridos graves, mais pessoas a serem gravemente atropeladas quando passam em passadeiras, mais acidentes dentro das localidades.
E isto, de certeza mais que absoluta, não é de modo algum resolvido com operações stop, ou operações conjuntas só no Natal.
Ou sequer tentar resolver a situação controlando a sério todos os dias, com menos pressão e menos autoridades, ou vamos continuar a ter aumentos e aumentos da sinistralidade.
E, pelos vistos, há autoridades que o podem fazer, se o fazem em massa no Natal.
Se o fazem quando há futebol, se o fazem nos mais diversos eventos.
Seria avisado, mas nunca irá acontecer, dado que há anos e anos que ninguém quer mudar, e fica tudo confortável — alegada, supostamente — como está a ser feito, seria avisado o controlo diário, evidentemente sem tantos elementos, mas com bastantes mais que os que vemos. Conseguimos circular diariamente uma hora na cidade do Porto sem ver polícia.
Podemos viajar pelo país inteiro sem nos cruzarmos com uma autoridade.
Mas há uns mecanismos, caça à multa, em que todos passam de 120km/h para 80km/h, e de imediato volta-se, mas aos 140km/ h.
Não é necessário mais efectivos, é indispensável “estarem”.
Ou não.
Augusto Küttner de Magalhães
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