domingo, 10 de fevereiro de 2013

Caminhos para a Paz


Foi notícia no jornal inglês "The Guardian", dia 5 de Fevereiro de 2013. O Chanceler da Argentina, Héctor Timerman, de visita a Londres, afirmou que as Malvinas serão argentinas em 20 anos, pois a Grã-Bretanha está cada vez mais isolada, e toda a gente já percebeu que as ilhas são um triste resquício de colonialismo. Timerman descartou a hipótese de uma (nova) guerra, pois considera que oa meios pacíficos serão suficientes. Lamentou que o Governo de Londres nem sequer admitisse discutir o assunto, lamentando que, nos tempos dos governos ditatoriais em Buenos Aires (que assassinaram pelo menos 30 000 argentinos), a Grã~Bretanha, então talvez menos escrupulosa, tivesse aceitado algumas discussões sobre o tema.
Timerman prometeu que os interesses dos atuais habitantes seriam protegidos sob administração argentina, nomeadamente "o seu estilo de vida, língua, e o direito de permanecerem cidadãos britânicos".
Nesta declaração parece haver um dado importante: a conciliação entre os pressupostos do Direito Internacional e o princípio do respeito pelos direitos dos habitantes, independentemente de se considerar que lá se encontram legitimamente ou não. A aplicação deste princípio pode precipitar a resolução de outros casos semelhantes, ainda que não iguais, à disputa sobre as Malvinas. Penso em Gibraltar, Olivença, Ceuta, e Melilla, embora haja ainda outros. Pode estar aqui um vislumbre de soluções honrosas para todas as partes envolvidas... e para que se eliminem estes focos de tensão constante ou periódica, agitados em situações mais delicadas. Uma contribuição para a Paz, portanto!!!


Carlos Luna
(carta publicada no JN, 10-2-2013)

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