segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nem a nascente já a foz procura

Do barulho foi parido este silêncio
Foi a guerra que matou o nosso amor
Preenchemos o vazio com a ausência
Mesmo o prazer está envolto em dor!

Toda a grandeza tornou-se decadência
A sementeira pariu este temor
Tudo é inerte, pior, está na demência
E não se vislumbra um redentor!

Quem faz parar o sangue em nossas veias?
Quem anemiza os sonhos que criámos?
Quem faz de nós o pouco que nós somos?

Quem nos envolveu nestas cadeias?
Num tédio em que hora a hora mergulhámos!
Não foram outros, não! Nós é que fomos!


Joaquim Carreira Tapadinhas

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