Há três anos o recém líder do PSD, Passos Coelho foi ao Pontal e ameaçou o então chefe do Governo, Sócrates, que não toleraria mais impostos. Em Agosto de 2011, na festa
social-democrata, já como 1º ministro dizia:«[Faremos] um corte na despesa do Estado sem paralelo nos últimos 50 anos». Boas notícias!, viriam cortes nas fundações, institutos,
mordomias, racionalização de despesas, erradicação de desperdícios, etc. etc. Nada disto foi feito! Dois anos se passaram e o rumo seguido é com sucessivos aumentos de impostos,
taxas e alcavalas. Cortes severos nos salários, pensões, reformas e nas prestações sociais. Cortar nos que têm menos é tão fácil... Em Agosto de 2012, a festa de rua do Pontal foi
substituída por local recatado das (justas) manifestações de desagrado popular. Aí Passos, após um ano de governação com resultados colossalmente desastrosos, disse que 2013
não iria ser de recessão económica. Falhou. A recessão foi profunda. A economia interna quase faliu. O continuado aumento de impostos aliado à ausência de consumo, aumentou
ainda mais a recessão e as metas do défice orçamental ficaram ainda mais longe. Tanto empobrecimento gerado por dramáticos e criminosos sacrifícios não serviram para nada.
Agosto de 2013. Calçadão da Quarteira. Passos reafirma que o Executivo vai prosseguir no mesmo caminho. Estamos no rumo certo, disse. Rumo certo, para onde?- Para mais
austeridade; mais cortes e recortes sociais; mais empobrecimento; mais desemprego; mais depressão na economia e nas pessoas; mais...
O Pontal não trouxe esperança, nem pariu um pontinho.
Vítor Colaço Santos
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